sábado, 28 de agosto de 2010

Dá Medo...


Quando abrimos as asas sem olhar para o Tempo;
Dá medo ouvir palavras que ferem como navalhas;
Quando se seguem caminhos opostos ao errado e no fim nada muda, ficando apenas a incógnita de mais uma ilusão;
Quando se avista uma luz usurpadora pensando que de uma anjo se trata e não passa de um soneto de uma boneca de trapos;

Dá medo lutar por um sonho como metáfora;
Dá medo quando as incertezas do dia seguinte são as mesmas de ontem;
Dá medo cair na escuridão e nostalgia de noites vazias sem estrelas;
Dá medo não arranjar um refúgio numa tempestade;

Dá medo ver um olhar ausente;
Dá medo saber que a porta sempre aberta, afinal nunca lá esteve… (Algo mais transparente ou inexistente!)

Dá medo… perder as palavras totalmente… por ter medo!!

4 comentários:

  1. Mas é no medo que renovamos a nossa coragem dia após outro, porque apesar do medo nós vivemos.
    Beijos.

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  2. Autoconhecimento…

    Condição humana dúctil e frágil,
    Que alivia o ressentimento;
    Repulsa o sonho, agita o cognitivo.
    Assim se impede o desenvolvimento,
    No minimalismo da miserável mortalidade…
    Assim se exalta a ameaça á efectiva infelicidade,
    No receio ao sentimento incontrolado…
    Tudo porque,
    O medo anima a insuportável dor…

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  3. Juci:
    Pois é, sem medos não haveria ponderação e racionalidade.
    Que seria dos nossos actos sem medos?

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  4. António:
    Medo que anima a insuportavel dor...
    Porque é que um dos maiores medos é a dor?!

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