quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sorte Grande

Cada coisa...


O diâmetro entre a nossa rota diminui. Não é um beijo, não é o calor da paixão! É algo a que a corrente do mar me obriga ir agarrada a ti… Quem és tu afinal? Quem somos nós dois e que espaço há entre nós, mesmo quando os dias e as horas teimam em separar-nos fisicamente?
Cada coisa… infinita coisa esta! Porque eu via as coisas de forma turva, e hoje claramente te vejo nos meus sonhos.
Tu és um sonho, que não consigo ver mais para além disso. Porque sei que conheces tudo e assim a minha vida será inútil .
Inútil?
Sim, porque sei que quando nos encontrarmos de novo, haverá uma coisa indefinível…
Uma coisa desenhada na divina eternidade do momento só nosso!

Mensagem


Neste momento, aqui e agora, sem sonhos domados, sem regras ou tempo, quero concentrar-me num ponto de uma mensagem. De uma mensagem vindoura dos céus, torrada pelo Sol, e refrigerada pelas suaves gotas da chuva.
O que me quer afinal dizer o teto da minha casa? Em minha casa piso terra, em minha casa durmo pousando numa flor, em minha casa voo na liberdade da transformação, nunca sabendo quando será a última cor das minhas asas que se transformaram “num momento qualquer” em pó… Em simples pó!
Porque para existir com a capacidade de viver é isto mesmo: aproveitando todos os momentos como cada gotinha de orvalho penetrar nas pétalas, respirar cada molécula de ar como se fosse a última inspiração, fazendo a expiração soprando uma vela: a última vela de aniversário, o ultimo sorriso, a última lágrima, até a última sensação… Porque o único problema de viver e sonhar é o acordar.
Acordem e vivam…
Vivam como uma borboleta que ama a vida que tem menos de 24horas.
Não se abafem com memórias e medos. O medo é algo psicológico que mata sonhos e nos impede de alcançar metas.
Não tenhamos pressa, mas não nos acomodemos ao silêncio da dor, e gritando na nossa solidão digamos que hoje conhecemos a verdadeira essência de viver e de nos amar: A luta pela Vida tem sempre precedência sobre todas as outras!
É uma mensagem…
Dos céus, nas asas que batem ao sabor do vento!
Sejam livres de forma a conseguirem a felicidade pura, sejam puros, sejam verdadeiros e a verdadeira vida irá ao vosso encontro.

Não me roubem a solidão!


"Minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoas
Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia." 
Nietzsche

Penso...


"Para que pensar?

Se em minha volta existe um mundo de respostas?" 

 Albert Einstein

Para Nunca Mais Acordar

Meio Termo


Dizem-me e educam-me para viver no meio termo.
Não consigo!
Não quero!!
O que seria de mim se não fossem os meus altos e baixos tão instáveis e espontâneos?
Se o Mundo que me envolve tivesse meio termo, haveria apenas planícies e nunca montanhas, o mar não teria ondas, haveria apenas noite ou dia, os dias serias assim: nublados e num só tom, sem formas, e o arco-íris em tons de negro e branco!

domingo, 3 de junho de 2012

Não me digas!


Não me digas quem sou ou para onde devo ir.
Não me faças mapas, indica-me apenas caminhos!
Não me digas do que devo gostar para que seja apenas uma menina bonita. Eu não sou uma menina bonita. Eu sou eu, uma menina diferente de todas as outras que não sabe quem é, que tem caminhos mais ou menos definidos mas que não gosta de ser controlada! Gostam somente de viver na liberdade de cheirar a Natureza, de sentir o arrepio do toque dos que ama, de viver as sensações.
Não me digas que tenho os olhos fundos do cansaço, porque eu sei que basta querer para recuperar. Não me lembres que sou fraca ou que estou triste.
Não me digas que vai acontecer isto ou aquilo, que estou perto ou longe! Porque quase sempre é como não imaginamos… e depois não me digas que me avistaste que não tinhas a certeza!
Não me digas como devo estar ou a quem me dar.
Não me digas como andar ou correr.
Não me digas para não ser eu mesma, porque aí me dirias para eu morrer!
Na minha forma ridícula de ser, o importante não é ser perfeita, é ser genuína.
Por isso não me digas que eu não valho nada e que não faço nada neste mundo, porque o facto de estares dizer algo a alguém é porque essa pessoa já tem o seu lugar marcado. O lugar que Deus lhe deu.. a oportunidade que lhe está dar para ser ela mesma, e uma pessoa melhor a cada dia que passa.
Por isso diz apenas: Vive, sê tu mesma! E eu sorrirei e estarei eternamente grata por me aceitares tal e qual como sou!

Quem me ama simpatiza com as minhas virtudes e aceita os meus defeitos.

Pluma


"A felicidade é como a pluma
que o vento vai levando pelo ar.
Voa tão leve, mas tem a vida breve.
 Precisa que haja vento sem parar." 
(Vinícius de Moraes)

Cinco minutos?!

Aquela manhã que acordo, agarrando-me à almofada com carência de um abraço e percebo que não está ali ninguém! Apenas eu e quatro paredes: o meu quarto, e os meus pensamentos!
Os meu braços movem-se lentamente para o lado direito, para o lado esquerdo, acariciando os lençóis e continuo não encontrar nada para além do cheiro do meu sono, do calor dos meus sonhos e da corrente de ar de um novo amanhecer solitário.
E lembro… lembro cinco minutos em que as rotações da Terra param. O tempo pára e o espaço é apenas nosso. Cinco minutos de tudo, para te beijar ou apenas para ouvir os batimentos do teu coração, ou o som da tua respiração no silêncio da noite. Onde o que destingue o negro da escuridão é somente o brilho do nosso olhar.
Saio da cama e penso nos dias que preciso para me recompor deste sonho. Nada parece real!
Costumo falar de tudo isto em história de princípes e princesas, mas nunca pensei vir senti-lo na realidade.
Onde o “nada” se transforma em “tudo”.
Onde estou num bar, entre uma miltidão e tentam manter conversa comigo e eu simplesmente não me consigo concentrar no mundo real! Não há ali ninguém!! Posso sentar-me ou andar, que é como se a lei da gravidade se alterasse por completo.
Tudo flutua ao tom de uma melodia ao som da viola.
Cinco minutos de amor;
Cinco minutos de paixão;
Cinco minutos tentar ser eu mesma
Cico minutos, e eu vou tentar chamar o teu nome…
E não sei o sítio certo para ir…Nenhum significado ou só em legitima-defesa, talvez! E tu sais daqui porque somos obrigados…
Preciso de falar com alguém, talvez com os céus e questionar: “O que se está passar?!
Eu sei que há problemas e encruzinlhadas que estão à espera, mas bloqueada não consigo pensar, apenas sentir!
Para lá da porta um outro futuro está à minha espera e o relógio não vai parar! Mesmo que pare… que sejam cinco minutos!
Cinco minutos deste sonho!
De um sonho onde sinto que não preciso de me preocupar nem falar de questões antigas e que coisas tontas nem importam!
Cinco minutos onde nada mais importa: para além de mim e ti. Onde o “nós” tem todo sentido, como nunca teve em toda a minha vida...
...Porque tudo o que eu preciso agora, são cinco minutos de tudo.

Aquele momento


"Sempre existe no mundo, uma pessoa que espera a outra.
E quando essas pessoas se encontram e seus olhos se cruzam,
todo passado e todo futuro perde qualquer importância e só existe
aquele momento."
 
(Paulo Coelho)

Culpas e Desculpas



Amanheci em revolta!  

Não, não, o mundo em que vivo não me agrada mesmo nada!!

Falam em crise, falam do que não sabem.

Defendem o que não conhecem e não percebem que o Mundo estava precisar de uma mudança… desta mudança necessária!

A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com uma falsificada vida…

E o amor, em vez de dar, exige e transforma-se em doença, acabando por dizer que “afinal não passou de uma ilusão”!

A culpa não é do Mundo…

Não é já chuva que nos deprime ou do Sol que nos sufoca.

É do Homem que não sabe o que quer e não se sabe adaptar!

 E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam.

Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece…

O Homem está extraviado… e disperso entre culpas e desculpas.

Alma Feliz


"Quando a alma está feliz,
a prosperidade cresce,
a saúde melhora,
as amizades aumentam,
enfim, o mundo fica de
... bem com você.
...
O mundo exterior reflete
o universo interior."
 
-(Gandhi)- 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Junho


"Chovam trinta Maios e não chova em Junho.
Chuva de Junho, peçonha do mundo.
Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio.
Feno alto ou baixo, em Junho é cegado.
Junho calmoso, ano formoso.
Junho floreiro, paraíso verdadeiro.
Junho, dorme-se sobre o punho.
Junho, foice em punho.
Maio frio e Junho quente: bom pão, vinho valente.
Para Junho guarda um toco e uma pinha, e a velha que o dizia guardados os tinha.
Sol de Junho, madruga muito."