Quem me leva estes ventos que me destravaram as portas?
Entram com tudo, sem pedir licença pela janela do meu quarto!
Redemoinhos desmancham os meus cabelos e sonhos
O tapete levanta as pontas e deito para de baixo dele pós e certezas!
Ventos que invadem a minha cómoda e destroem as minhas pequenas especiais “coisas”...
Vão pelos ares as efémeras nostalgias guardadas no leito da cabeceira
Acelera o relógio e faz cair a linda boneca de porcelana!
Leva ferozmente as minhas cortinas e parte deixando apenas o fantasma do vento!
Sem cara, sem corpo e sem alma!
Vento apenas: no tempo de sonhos gigantes!
Sopra mais alto!
As janelas abertas e o sol quente deste Verão estranho
faz bem às minhas voltas sem sopro de vento…
Respiro o teu sopro...
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