quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ventos...

Quem me leva estes ventos que me destravaram as portas?
Entram com tudo, sem pedir licença pela janela do meu quarto!

Redemoinhos desmancham os meus cabelos e sonhos
O tapete levanta as pontas e deito para de baixo dele pós e certezas!

Ventos que invadem a minha cómoda e destroem as minhas pequenas especiais “coisas”...
Vão pelos ares as efémeras nostalgias guardadas no leito da cabeceira
Acelera o relógio e faz cair a linda boneca de porcelana!

Leva ferozmente as minhas cortinas e parte deixando apenas o fantasma do vento!

Sem cara, sem corpo e sem alma!

Vento apenas: no tempo de sonhos gigantes!

Sopra mais alto!
As janelas abertas e o sol quente deste Verão estranho
faz bem às minhas voltas sem sopro de vento…

Respiro o teu sopro...

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