terça-feira, 3 de agosto de 2010

Capítulo III

Até hoje! Só mesmo até hoje… porque até então mais valia ter fingido que: “Não sentia e pronto!”

Devia simplesmente ter ocultado tudo o que me invadia até enganar o meu próprio coração… Obstruir e ocultar este estúpido sentimento até desaparecer por completo.
Já fui longe de mais e deixei tudo ir longe de mais. O espelho de quando me olho é algo negro e triste, eu deixei de o ser e até fui contra valores que me guiaram a vida toda.
Basta, eu quero voltar olhar-me e sorrir: já chega destes dias em que as lágrimas me caem pelo rosto abaixo e se misturam com dor e desilusão!
Chega de me sentir arrasada e sem forças. Porque agora apenas me consigo ver como estúpida e imbecil por ter chegado ao simples ponto de ter chorado por ti… mais uma vez!
Mesmo depois de não existirem mais estrelas eu continuei olhar para o céu, em buscar de uma estrela cadente, para poder fechar os olhos num sonho e pedir mais: pedir que conseguisse de novo avistar aquele brilho que tanto me fez voar.
Pedi-te para não teres medo de amar, pedi-te para acreditares na minha força, e tu corresponde-me com testes psicológicos que me embaraçam ainda mais a mente e conseguem enganar de novo o coração.
Não, não podia ter estado sob o meu perfeito juízo!

Um retiro espiritual de mim mesma e do mundo fez-me entender e deu-me força para conseguir dizer finalmente: “Hoje estou bem, estou liberta de ti e do que eu estava ser nos últimos tempos. Hoje sou eu de novo, e sinto-me muito feliz por ter conseguido ter saudades de mim, e ter conseguido: FINALMENTE!!

A partir deste exacto momento resides num cantinho do passado. Resides num lugar oposto ao do Sol e ao das Estrelas!!
E mesmo que um dia te lembres de teimar em pestanejar na minha direcção como reflexo das estrelas, haverá um Sol maior que encadeará essa tentativa que desta vez será totalmente falhada.

Não faltaram tentativas, não faltou sentimento, oportunidade, ingenuidade e perdão… mas faltou muita outra coisa que hoje me despertou e me fez sentir saudades de mim.

Não, não vou deixar de ser mais “eu”!

Correremos agora estradas opostas, e mesmo que alguma meta me sirva de obstáculo os batimentos do meu miocárdio não vão mais impulsionar sangue a ter em conta o pensamento e a respiração que já nem contêm adrenalina… apenas desilusão… muita desilusão!

Guardar-te-ei num (in)determinado tempo da minha vida… que mudou, que acabou… que fica unicamente pela recordação.

E tu?!
Serviste-me como um bom mestre de aprendizagem…

- A perfeição constrói-se através de nós mesmos! -

Mas eu não busco perfeição… busco o requinte da verdadeira e pura felicidade!

Aqui vou eu: Boa sorte!!

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