sábado, 15 de junho de 2013

Ponto final


 
Um ponto final é apenas um ponto preto…
Não há pontos finais numa história. Depois do enlace toda a narrativa termina com interrogação, exclamação ou reticências.
Nem a morte é o ponto final da vida.
Ficam sempre histórias, recordações e muitas memórias.
Fica sempre a sombra desse simples ponto negro que teimamos em usar nas histórias da nossa vida!
 
PatríciAntão

domingo, 9 de junho de 2013

Espectadora desta corrida: aquilo a que chama de Vida!

   Não me alcançam justamente por me julgarem alguém instável.
    Mas eu simplesmente me farto de viver sempre…
    Sempre da mesma maneira.
   Do dia a seguir à noite, no mundo mecânico, em que todos nós somos fantoches na mão da imposição da sociedade.
    Farto-me de viver com seres  que pensam que uma árvore é uma máquina verde que dá frutos e folhas, que o Sol é apenas “aquilo no céu” que explicado cientificamente nunca terá olhos e boca como quando eu desenhava (quando não pensava… apenas vivia o que a vida me dava).  Nunca dará para andar de baloiço na Lua, mas será que dá para dar um  beijo apaixonado entre a chuva?
   
    Não suporto mais este desgaste humano… este ritmo que me corta a pulsação do meu próprio sentido da vida.
Não há mais palavras, apenas letras feitas, não há o “sentir”, apenas mostrar aquilo que fica bem.
    E o amor? Onde anda? Anda na combinação de pares perfeitos na altura certa, com o propósito de quetudo dê certo para que a conveniência seja para ambos e para a sociedade.
    Nada se transforma, tudo se adequa, tudo se acomoda…
Tudo é igual ao longo dos dias e dos anos… igual, mecânico e exato!
  E os homens continuam apenas respirar sem sentido, sempre com discursos miseráveis que os faz soluçar!
  E a vida obriga viver-me assim: nesta tribo sem cultura, nesta vida sisuda entre guerras e orgulhos .
Sou apenas mais uma espectadora desta corrida: ver quem chega lá mais rápido, ver quem é o primeiro. Pisando tudo e todos, tratando os adversários como objetos, ou como um simples contador de records!
  Quase "vivos mortos", estes homens não são os homens do meu mundo.
  Quero ainda um dia encontrar um canto em que as pessoas sorriem e gritem por estarem vivas, e não por estarem fartas de viver, ou obrigadas a sorrir porque assim tem de ser!
 
PatríciAntão