sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Cumplicidade minha...


Amanhã quero olhar para o outro lado do Mundo e escrever um poema sobre o Amanhecer. Com cores suaves e cheiros doces.
Quero suavizar a tela do meu olhar e penetrar este mundo incandescente no meu coração de forma a memorizar o momento para o resto da vida.
Quero pegar na minha própria mão e pintar o céu com outra cor, quero pegar nos meus braços e abraçar-me, saindo da minha solidão. Quero pintar a minha sombra num tom tão claro, de forma a que ela me abandone não só no escuro, mas sempre, para que não me assuste nas minhas ausências.
Eu quero muita coisa, mas da teoria à prática anda um espaço louco de concretização.
Mas se não chego a querer, nunca conseguirei ter...
Sou como o Mar. Ora calma, ora louca, mas sei que não sou um caso perdido, apesar de gostar de me perder entre o sal das ondas.
Não tenho ciúmes da Lua por todos a contemplarem, mas falo-lhe dos meus segredos como se fosse a minha maior companheira!
Corri ondas e marés sem cruzar oceanos longínquos, sem velas e com ventos... serei eu... louca inata e incompreendida.
Mais que uma vez, tentei comprar maneiras de os outros agradar. Hoje não o faço, hoje sou eu, ligada  a mim mesma, à minha má pontaria para a sorte, à cumplicidade do meu corpo, e da minha própria maneira de ser.
Sou eu! Deitada em areias salgadas.
E a cada lágrima que derramo enriqueço o meu chão...
O chão da minha alma.
O chão de que sou feita...
Porque telhado, esse não o quero construir.
O que seria de mim, se me tapassem a vista para o céu, estrelas e lua?!

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