Pela fina areia que faz companhia ao mar, as suas pegadas não voltam mais. Devoradas pelas velozes ondas, levam ventos, levam pensamentos.
De humildade e silêncio chegou, e até à água profunda mergulhou. Lavou pensamentos e sentiu que afinal o sal que as lágrimas soltas queimam mais que o sal do mar que cura.
A espuma é o espelho da mágoa das dores velhas por sarar... Mas é especial a menina, e um dia vai curar!
Cala a sua voz em injustiças, e sussurra no seu canto aos cavalos marinhos.
A canção que canta é composta pelo fundo escuro do mar, e as cordas da viola partiram por não querer mais nesta dor acreditar.
Mas não desiste a menina! Teima suas pegadas na areia gravar.
O mar conhece-a como mais uma moradora, ela conhece o mar como o melhor amigo e ouvinte.
Não fiques aí no refúgio da tua da própria solidão! Vai em busca de um barco sem vela, porque melhor que ninguém sabes o quão o vento te trama.
A voz antiga da atitude é o azul que confunde o mar do céu!
Vestida de sal de algas, senta-te num coral, que os habitantes das profundezas te irão encaminhar...
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