quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Num pequeno balão!


Eu não tive um balão cor-de-rosa quando chorei por ele.
Vivi em desertos e em cidades que tudo acontece.
E todos os meus balões de pequenas ilusões de criança estouraram.

Mas não me ensurdeceram... amadureceram-me!

Já tive férias de verdade.
Já me faltou companhia de "um amigo de verdade!"

Estive cara a cara com o mar, e contei muitos segredos às estrelas.
Já quis voar, e já caí quando o coração batia a um ritmo compassado.

Não pedi nada e tive muito.
Pedi tudo e não tive nada.

Fui presa à minha família.
Desiludi-me com amor de família.

Já tive amigos.
Já sofri mais por amizade do que por amor.

Já acreditei no amor.
Já quis deixar de acreditar nele.

Como uma vítima à minha fogueira, sinto-me tribal neste mundo...
Mas quem nunca amou uma história de índios?

Para mim ainda as fadas voam,
E vivo na ilusão de um dia vestida de branco experimentar a carruagem da Cinderela.
Sem meia noite, nem sapato de cristal.
Apenas com amor e magia...
Vivo assim: sem me importar de ter o vestido sujo
Desde que pertença a  histórias de guerreiros!

Pego na mão o meu balão.
Dentro dele tem memórias e fantasias.
Sinto esta utopia infiltrar-se nas minhas veias.

São sonhos...
Não pedi nada disto para mim.
Não é fácil viver assim...

Largo o balão...
Voa...
Voa louco de ilusão!

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