quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Vive

 
Vive:
 
Recorda
Esquece
Apaga
Substitui
 
...Aprende a dizer NÃO
Diz SIM!
 
...Tira o dia para ti
Comete loucuras...
 
Não aceites medos
Vive hoje, sem ontem nem amanhã...

Pega o teu sorriso, e cola na tua felicidade.
 
Pega na tua felicidade, e faz dela a tua rotina! 

O Romance

   
Depois de fitar um filme romântico, onde todos acabam felizes e eu concluo com lágrimas, questiono-me: Por onde anda a fantasia dos romances?
    Enfadada de presenciar conjuntos de pessoas fúteis que fazem juras de amor diárias que não passam de equívocos e ilusões, saio de casa, inalo o oxigénio que a vida me dá e distingo o horizonte de um parque, onde há passerelles de casais… Casais felizes?
    Eu sinto que sou um ser anormalmente romântica, que entre as mãos interlaçadas de quase todos casais não consegue ver quimera nem querença!
    O romance não existe apenas no final de um final feliz de um filme inspirado em lendas…
    O romance está em tudo o que a vida nos dá - num comboio aparecer na neblina da madrugada, nas gotas de orvalho que as folhas transpiram, no som do pássaro que vive em liberdade, na transformação de uma borboleta, no cheiro a terra molhada, nas cores do arco-íris, no frio da neve, no brilho das estrelas, no calor do Sol, no tato da areia do mar, no sal da água… No choro de um bebé acabado de nascer, num sorriso de uma criança, numa ruga de um idoso, na saudade de quem parte…
    O romance não está nas pétalas de rosas vermelhas espalhadas pelos lençóis de prazer! Está nos espinhos da saudade que o céu branco separa dois amores, e que o vento une, quando chove, tocando as mesmas gotas de chuva na cara de cada um, obrigando-os olhar para o céu e agradecer-lhes por um dia terem entrelaçado as mãos…
   O romance está por aí… basta sonhá-lo e  descobri-lo!
PatríciAntão

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Onde procurar a verdadeira Felicidade?


Todos nós nos queixamos quando não estamos felizes, ou é porque temos azar, ou porque a vida ou as outras pessoas estão sempre contra nós! Porquê?
 
Sim, é verdade que parte da felicidade são bocadinhos do que nos rodeia, que nos constitui homens, e é no ambiente exterior que procuramos a felicidade.
Mas não podemos basear os nossos sonhos no externo.
 
As pessoas mudam, umas vão para sempre, outras mudam e ficam, mas de formas diferentes. E no meio de tanta mudança sobramos nós.
Temos então o vício de dizer que estamos rodeados de "um mau ambiente", mas o ambiente somos nós próprios que o criamos. Quando dizemos estar num mau ambiente é porque as pessoas que nos rodeiam transmitem-nos energia negativa.
Daí começarmos entender que a energia positiva vem de dentro, e se cada um de nós mudar isso, então aí sim, estamos a um passo que haver um óptimo ambiente de energia positiva, que faz os outros rir, dançar, pular, sentirem-se confortáveis e felizes!
 
Respira!
É a respirar que nos mantemos vivos.
 
Sente o coração! É com os batimentos cardíacos que nos percebemos a densidade da vida e a força com que estamos felizes.
Com uma lágrima ou com um sorriso, o músculo do coração muda, e isso faz-se sentir sempre na força do teu olhar!

Não tenhas medo!
Porque se ainda respiras e o teu coração bate, é porque tens tudo para ser feliz...

Olha-te ao espelho e acha-te uma pessoa fantástica, mesmo que não gostes de alguma tua caracteristica física, as pessoas que te rodeiam também não gostam todas do teu feitio... e isso sim é bem mais insuportável!
 Depois de olhares para o espelho, convence-te de que segundos são vida, e não sabes quantos segundos ainda te restam... Portanto, convence-te de que és humano, e muita coisa podes fazer para fazer desses segundos, momentos de ouro.

Está na hora de aprenderes por ti mesmo as coisas mais importantes da vida. As de verdade, não aquelas que ficam entre linhas!
Começa por pular na água, e sentir a sensação da terra molhada com os pés descalços,inala o cheiro da natureza, absorve todos os sons que ela produz: Há melhor coisa que esta para nos sentirmos vivos? Há!
Abraça, dá beijos e corre atrás das borboletas.
Observa os bichinhos e fala com eles. Vais chegar a um ponto que sentes que eles te entendem... quando até agora, achas que eras um ser louco e incompreendido!

Não negues um sorriso, porque os sorrisos que daqui a uns anos sentirás falta serão o dobro daqueles que não dás agora...

Diz à tua família e aos teus amigos o quanto os amas, e deixe-os pensar e imaginar... o quão eles são felizes por saberem que têm alguém que os ama.
 
Pinta as paredes de novo, e não tenhas medo de cair no ridículo... a arte jamais será ridícula, e quem a achar é porque não tem sensibilidade... arte é mesmo isso... viver na sensibilidade e transpô-la de um jeito qualquer!
 
As coisas quebram e podem ser substituídas, mas não partas corações... esses são de tecido sensível e puro, que depois de várias quedas nunca voltará ser o mesmo...
 
Os gritos da felicidade jamais serão esquecidos, serão guardadas todas as gargalhadas no ventre, achando sempre: "Como isto me faz bem!"
 
Os pratos podem ser lavados mais tarde... enquanto a mãe lava, o filho cresce...
Trabalha menos e ama mais, porque um dia o dinheiro pode vir só trazer-te problemas!
 
Acima de tudo respira... respira olhando bem para dentro de ti.. e pensa que só tens esta oportunidade - Só tens esta vida segura, mas serás humano toda a vida... abre o coração... e não te esqueças - é mesmo verdade, porque por muito que brinques, só foste uma vez criança! É  a maior prova de que o tempo não espera por ti...

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Coração Efeito-Borboleta

 
Hoje apenas quero transformar
Meu coração ferido
Num borboleta.
Aprendo a voar
Espalho cor e alegria
Sinto-me a fada da Natureza!
E na simplicidade de pouca vida
Vivo sem pensar
Apenas dar e amar
Para um sorriso do que me avistam conseguir.
E assim preencho corações
Corações de como está o meu
Triste, mole e vazio
À espera que uma borboleta passe por mim
E transforme meus lábios em alegria!

Descrição

 
 
Porque é que descrevemos tanto as coisas da vida,
se nos esquecemos de viver as boas coisas que ela no oferece, aquelas que não têm descrição?!

Pedra do meu caminho

 
Distraída como sou, tropecei na pedra e caí... Foi então que conheci a rigidez do solo e os meus músculos ganharam força e aprenderam erguer-se, levantando o peso do meu corpo e o tormento da minha alma.
 
Mas como bruta que fui, agarrei na pedra e utilizei-a como projéctil para magoar todos aqueles que me rodeavam. Porquê? Se eu própria tropecei nela?!
Então, para que não me chamassem de desastrada, inútil e egoísta, empreendi, e usei todas as pedras que de uma desfeita vez e construi, construi muros onde entre eles cresceram flores, entre as quais rosas vermelhas com espinhos.
Mas cansada de me picar cada vez que tentava chegar ao amor, dela fiz um assento, pois quando era pequena, a pedra não passava de um brinquedo inocente.
 
Até que olhei para uma bela escultura que parecia um humano entre fantasia e pensei: "Não!Eu vou poetizar a pedra!"
 
E depois de perceber quantas voltas deu a pedra do meu caminho, percebi que o problema não estava na pedra, mas em mim!
 
Nunca deverá existir a pedra pesada num caminho.
Vamos transformá-la em coisas úteis e aproveitá-la para o nosso próprio crescimento.
Porque em cada segundo que respiramos cai uma gota de água do céu e nós desviamos-nos para não sentir o frio e humidade da natureza. Mas a pedra não... A pedra por muito corroída que esteja, suporta tempestades e dores, e antes de se transformar em nada transforma-se em areia. 
Areia que amamos pisar. Pedra em que somos obrigados a tropeçar.
Sem a pedra do meu caminho, a minha caminhada não evoluiria.
 
A natureza ofereceu-me a vida e a pedra como ensino, e de todas as oportunidades que ela me dá, terei de ser eu saber tirar o melhor proveito...
...
Porque talvez não tenha outra chance...
Chance de encontrar outra pedra!
 

Entre lados opostos


 
Inspiro o ar gelado que penetra nas minhas vias respiratórias e me obriga deitar "fumo" para fora... 
 
"Fora"... A rua que acompanha toda esta nostalgia de viver e habitar no oposto.
 
Fui para fora do quente do meu canto, do Sol, da lareira em noites de Inverno... E foi aqui fora que eu aprendi o quanto gosto do meu Portugal, o quanto eu gosto das birras com o meu pai e das discussões tolas com a minha mãe.
Foi aqui fora, ao frio, que congelei todas as memórias de quando bebia um bom café com os grandes amigos e recordávamos tempos passados. Porque toda esta aguarela passa também agora a passado... passado muito recente, mas que infelizmente não faz já parte da minha vida!
 
Entro no "Tram"... (até lhe poderia chamar eléctrico, mas até isso já nem parece fazer sentido).
Algo se começa a descolar de mim, e o frio que vagueia nestas ruas, entra na minha pele e faz com que se  arrefeça muito do meu ser e sentido. É no "Tram" que procuro os rostos a que estou habituada: rostos de força e não de luta diária obrigatória. Rostos com sorriso, rostos que recebem o Sol nos seus olhos.
Nos trilhos do tempo que era e não é mais, procuro detrás destes olhos sem vida uma explicação para tanta loucura e frieza.
É esta luz, da fria madrugada que me assusta! Começo já comportar-me como esta gente...
 
De guarda chuva na mão, saio do "Tram" e procuro uma rotina... uma fria rotina, onde não há Sol, montanhas, o cheiro a comida da mãe, os gritos das gargalhadas da nossa gente... O mar... "ai o mar" ... O mar que está lá no fundo, e que a neblina não me deixa enxergar!
 
Não posso dizer que não gosto de estar aqui, mas sinto a arritmia do meu corpo cansado, que envelhece a pensar no quão feliz seria, se hoje anoitecesse na beleza estonteante do horizonte alaranjado de Portugal...
 
Mas fico aqui mais uma noite, mais uma manhã fria... até quando? Não sei, só sei que aqui na Bélgica o que mais me alegria dá, é saber que em vós, amigos Portugueses, agora minha família, é nos vossos olhos que encontro o brilho do Sol e toda a minha alegria! 
 
PatríciAntão

domingo, 18 de novembro de 2012

Velhas folhas de Outono

 
 
Meus pés pisam as folhas secas que as árvores choraram.
 
...Todo o chão é um manto coberto de lágrimas, daquelas que nos dão ar e alegria na Primavera.
Parece tudo acabar quando mudamos de estação... Até percebermos que tudo não passou de uma renovação: e o Sol volta a brilhar, as folhas a crescer e as borboletas a voar...
 
Todo o manto amarelo e castanho é triste e solitário.
A nudez da natureza faz com que me sinta despida de alegria e energia para poder viver.
Embalo-me nos passos entre folhas caídas! Ainda não é noite, mas o dia é sempre escuro e frio.
 
Sente-se o violino com ferrugem encostado ao solitário banco de jardim. Ele também chora, ele também grita... ele também morre.
 
Tudo pára ao canto do velho sino onde tudo e todos ficam presos à tristeza e a saudade.
 
Sinto-me esquecida pelas borboletas e pelo canto dos pássaros. Sinto falta da loucura do Sol! Apenas porque me sinto dominada por esta cor dourada, escondendo-me entre sombras e vazios, ouço vozes de melancolia sem cor nem vontade.
 
O céu transpira chuva, e os meus sonhos dormem gelados entre os dedos que cruzam a minha sina!
 
Mas se viver é mesmo isto, porque se morre tanto nestas alturas?!
 
Para nascer de novo é preciso morrer, semear nesta terra molhada, para que o pó se levante e o verde de esperança renasça com novas flores.
Não posso pensar que a vida é dia sim dia não, como as estações do ano.
Não posso pensar que a minha alma é incerta como o tempo.
Não posso convencer-me que quanto mais envelheço mais idêntica a uma pedra fico: dura e gelada... perdida entre folhas de Outono.
 
Tenho de fazer uma entrega alucinada e aceitar o frio e a chuva, a sombra e o escuro, pois será essa a luz condutora quando o Sol se esconder.
 
Vou dar uma oportunidade ao céu de chorar, para depois receber daquilo que sempre me aumentou o calor do coração.
 
Vou dormir em velhos sonos e jamais abandoná-los!
 
Como as árvores abandonam as suas velhas folhas...

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pena

 
Pena: afeção mais amargurada que um homem pode ter por outro.
Mas, pior que ter pena dos outros é ter pena de nós mesmos.
Quando as guitarras desafinadas prendem nós nos nossos cabelos, a nossa alma de vento morre, a liberdade deixa de existir, o espelho é um objeto que assusta.
As manhãs passam ser doença, e a cura são as eternas noites de solidão.
Não luz nem estrelas, e o caminho não passa de uma maré negra, onde os barcos se perdem na tempestade.
Entre trovões e  chuva, o medo já nem existe, porque foi a pena, foi a pena que tudo roubou. Roubou alma e sentidos, roubou personalidades e afinidades .
Na rua do silêncio a desgraça não é ser pobre, é ter pena. Pena do próprio mundo, com desejos vãos e longínquos, de braços fechados, de olhos cansados onde é já impossível enxergar Primaveras!
Quando me sinto só, tenho pena de mim. Não há qualquer fascinação que me queira levar tal pensamento, recusando-me a abrir os braços e descansar os meus olhos deste penoso sentimento.
Não consigo estabelecer um fim nesta fronteira…
Não tenho pena quando sinto pena.
Que voe a pena nas asas da libertação!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Maltidas regras sociais!

A chuva bate da vidraça do meu quarto e percorro as gavetas da minha mente. Abro uma e não me agrada, fecho-a e abro a seguinte quando me apercebo que nessa há sentimentos que ainda me podem magoar abro outra e outra, mas todas elas fazem com que haja um turbilhão vindo das gavetas da minha mente.
Então, lentamente se abre uma gaveta com pó e teias de aranha e me chama: Gostas de regras?Não, eu nunca gostei de regras. Mas sempre as cumpri! Porquê? Porque a sociedade me obriga, e se não as cumprir ela pune-me e rejeita-me como ser anormal e perigoso.
Porquê?
Há poucos dias perdi a minha avó… e é nessas alturas que percebemos o quão a vida é curta, mesmo para quem tem 91 anos e vive uma vida plena!
Se não cumpríssemos tanta regra, se não pensássemos tanto no que a sociedade pensa de nós, chorávamos menos, riamo-nos mais, vivenciávamos coisas mais emotivas e não nos desiludíamos tanto. Porque crescemos a  pensar que a sociedade espera muito de nós e teremos portanto de dar o nosso melhor!
Reparem: quando é que nos rimos? Quando alguém caí, quando alguém faz uma asneira sem querer, quando alguém diz algo que não está dentro da linha de etiqueta social.
Então porque é que insistimos em parar em todos os semáforos vermelhos dos nossos caminhos?
Eu não quero ser uma louca andante que voa em busca de algo semelhante a quebra regras. Mas só queria que a sociedade vivesse mais. Que sorrisse para um desconhecido. Que nos abrasássemos todos sem preconceito, que não nos tratássemos como desconhecidos que somos.
Afinal, somos ou não somos todos iguais? Com leis semelhantes, com códigos de trânsito quase universais, e mais que isso tudo, todos nós temos direito a nascer, viver e acabamos por um dia fechar os olhos… sem regras!
Não há regra para morrer. Ninguém tem a capacidade de definir a forma como morre, nem mesmo aqueles que acabam com a própria vida. Porquê esta incompreensão para quem é “aparentemente um louco feliz”?
Porque se eu disser “Bom dia” a um estranho que passa por mim na rua ele chama-me de louca, se eu abraçar uma criança que vai no comboio só porque me transmitiu paz, a mãe vai dizer-lhe que a estranha é perigosa.
Não se protejam tanto…
Não pensem se a água está fria. Mergulhem e sintam o arrepio da água penetrar no vosso corpo. Ficaram doentes? Tratem de vocês. Afinal como se aprende a levantar se não cairmos?! Tratem do corpo, mas tratem sobretudo da alma.
Porque é da alma que esta sociedade está doente.
Os valores estão apodrecer e qualquer dia a verdadeira felicidade extingue-se!
O que fazemos por nós fica para nós, o que fazemos para os outros fica gravado no mundo!
Fico na esperança que esta crise económica faça um impacto positivo: que as pessoas passem dar menos valor aos bens materiais.
Amem as pessoas e usem os materiais, não façam ao contrário. Porque se algo está acontecer no Mundo, é porque Alguém lá em cima viu que o Homem se estava perder nas próprias regras.
Nas regras em que o objetivo é apenas um: valor material!
A minha avó partiu: partiu sem conhecer a nova moeda. Partiu sem aprender a ler! Mas partiu feliz, sabendo que tinha um marido, filhos, netos e a bisneta se orgulham dela.
Mas partiu sem ouvir mais vezes a palavra "amo-te", porque secalhar andavamos ocupados com as regras da sociedade, enquanto deveriamos amar, sorrir, e partilhar felicidade sem regras. Sem ter vergonha de te dizer: amo-te avó... fazes-me falta!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

sábado, 22 de setembro de 2012

Le sens de la vie

Entender-me

 
 
"Quanto mais tento entender de mim
menos me encontro
mais me surpreendo,"
 
-Renata Fagundes-

Quero Sol!

 
 
Sim eu digo com verdade
Que ainda desejo teu beijo
Só porque não sinto com falsidade...
 
Quero Sol
Claras manhãs para iluminar os meus dias
Sei que sou como uma criança
Que sinto na pele todas as alegrias.
 
Quero irradiar paz
Por todo este meio belo.
Não sei onde estás
Mas tenho saudades de teu sorriso singelo!

Vagabunda

Queria conseguir compor uma canção. Uma canção que faz uma incisão cirúrgica ao meu coração e  uma lavagem ao meu cérebro.
Hoje questiono-me: Porque sinto assim? Porque me vejo assim quando olho ao espelho? Porque questiono tais coisas quando me deparo com o olhar de pessoas que simplesmente passam pela rua, orientando a sua rotina?!
Ás vezes preferia não ser assim.
Assim como? Nem eu sei…
Queria que a incoerência humana não me atingisse desta forma. Queria ser um ser humano mais natural, mais consciente e menos emocional. Menos sensitivo e sobretudo menos sensível a determinados sentimentos.
Estou farta de me cruzar com as pessoas e tentar-lhes absorver toda a alma.
Se eu não me compreendo, porque insisto em compreender as atitudes dos desconhecidos, quando fui em toda a minha existência uma desconhecida entre todas as minhas paredes?!
Já não é uma simples lágrima que me purifica. Já não é um simples sorriso que me conquista.
Ele diz que eu sou uma princesa imperfeita, mas eu só queria acreditar que ainda sou eu que estou viva em todo o meu corpo e que ainda são os meus valores que me acordam todas as manhãs.
Sim, já muito tempo que não fazia uma viagem em redor de mim, pois ultimamente tenho-me esquecido de todas as atitudes que me conseguem transformar numa borboleta, conseguindo a tal força de viver… a tal que neste momento está em saldo negativo dentro de mim.
Minhas palavras, meus pesares, minha insatisfação natural, meu grito no silêncio são o tecido que completam o meu miocárdio.
Não adianta uma cirurgia programada, muito menos de urgência. A minha doença não tem cura, e este sentimento crónico de obsessão por este desequilíbrio vai fazer com que me refugie cada vez mais, a cada dia que passa da realidade que me rodeia. Do mundo verídico.
Não posso dizer que já durmo como uma vagabunda, no caos das minhas ruas sentimentais, mas, se assim continuo a minha solidão vai ser a minha própria companhia.
Não me adiantará ter brilho nos olhos ou  uma pele macia. Tudo acabará… Eu acaberei com tudo o que ainda me pertence.
Na essência da vida, um dia encontro o fim deste sabor sentimental anormal, seguindo o escoar do tempo, continuando apenas assim: sem título para a minha própria viagem.
Chegarei ao ponto de me olhar para o espelho e não saber distinguir meus traços.
Um artista não começa nem termina a arte… arte é imortal e inexplicável.
O que cada um de nós é, é arte, e a minha anormalidade já muito que caiu em desuso. Mesmo assim não ganho coragem de terminar esta tela, e faço rabiscos por cima de formas definidas deixando tudo por explicar, tudo por decifrar, tudo por interpretar.

Meu momento parado

 
 
De que matéria sou feita afinal?
Chego a este ponto da minha vida e perco-me.
Não quero encontrar-me.
Não quero estar com as pessoas de quem gosto.
Não tenho vontade de passear pelos sítios que me fazem respirar.
Não sou adepta da liberdade!
Fiquei aqui prisioneira deste momento parado.
Em que nem os ponteiros do relógio fazem sentido.
Ouço os batimentos do coração de forma fria.
Respiro por obrigatoriedade.
O que faço neste lugar?
Não sou eu, nem consigo identificar as peças do meu mundo.
Será que é apenas um susto, para de seguida regressar completa e com mais energia?!
Inacabada, nunca pensei descobrir este vazio em mim.
Vazio que não me faz sofrer.
É uma indiferença perante mim mesma.
Perante as pessoas.
Perante o mundo e toda a minha realidade!
 
Mas já sinto saudades daquela criatura feita de sonhos.
Que cheirava terra e vento.
Que abria as asas e lhe apetecia sorrir apenas por estar viva!
Aquele ser feito de palavras.
Das palavras que terminavam sempre com reticências e não com um ponto final.
Um ponto parado.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Minha matéria



Questiono-me o porquê de ser uma sonhadora.
Penso se não seria mais fácil para mim, viver se não o fosse. No entanto admiro pessoas sensíveis e com sentimento presente, pessoas sonhadoras e que lutam não só por serem felizes, mas também para tocar o coração dos outros.
Se Deus me ofereceu sonhos é porque tenho capacidade de os realizar, mesmo quando a vida se manifesta contra mim, é sinal de que está na hora certa de exercitar mais o meu cérebro para me tornar mais inteligente e mais o músculo do meu coração para controlar os meus sentimentos, encontrando assim o meu equilíbrio certo para a concretização da minha própria matéria: os sonhos.
Até lá, olho para o "nada" e pergunto "tudo" ao tempo.
Pergunto bem agarrada ao meu baú com cheiro a memórias: "Quanto tempo, oh tempo?".
Ele hoje respondeu-me: "Deixa-me passar..."
Fico parada?!
Não... continua a sonhar!

Minha Nostalgia

Pergunto-me a mim mesma
“O que é Nostalgia?”
Serão estrofes de alegria
Ou apenas minha imaginação
Não sei!
Sei apenas que é algo
Que invade hoje e quase sempre
Grande parte do meu coração!
Quando penso que esqueci
Vem de volta meu jardim de infância
Entre flores e gritos felizes
Penso em tudo o que vivi
Batendo saudade
Sentindo melancolia
Em plena mutação
Meu coração torturado
Bate de tal forma com emoção
Que não vive sem nostalgia!
E entre este grito da minha vida
Desenho um crepúsculo
Não é noite…
Não é dia!
É sonho, é coração
É amor sem dose
É toda minha metamorfose
É ser quente e ao mesmo tempo fria
É isto que há em mim
É isto a Nostalgia

domingo, 2 de setembro de 2012

Silenciando-me

 
 
"O silêncio pode calar a minha voz,
 
mas jamais silenciará as minhas palavras!"
 
-EMILIO MIRANDA-
 
 

Mais uma vez...

sábado, 1 de setembro de 2012

Escrever aos teus olhos?!


 
Não, não escrevo aos olhos de ninguém.
Há quem me julgue pelas muitas palavras e poucos atos. Mas é por este meio que vivo, que me protejo, que me condeno, que me expresso, que busco o mundo e me encontro a mim mesma.
Não iludo se não tenho intensão de sonhar, não escrevo se não for de coração.
Se não tiver alma não produzo palavras, como poderei reproduzir atos?
Não escrevo lindas palavras de amor ou duras palavras de dor só para legendar o meu filme de vítima ou vencedora.
Nunca gritei a ninguém: “Amo-te”,  numa única palavra de poema desfragmentado.
O meu silêncio entre palavras só demonstra o quanto eu me engano.
Não quero mil beijos. Quero apenas um pouco de paz neste meu mundo, ardendo de prazer pelas palavras, deslizando a sensação em todas as minhas  estreladas madrugadas!
Nunca consegui ver um luar sem recitar poema. Nunca consegui amar sem antes ler o olhar.
Não me condenem…
Porque não tenho medo!
Posso não ser inocente… mas digam-me: escrever para mim mesma é indecente?!
De corpo, de alma, de coração e com satisfação o faço e não, não o disfarço!
Mas agora basta... que a palavra seja a minha maior madrasta!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Nem viajando no tempo...

Senti-me pedra morta. Farta da rotina sem esperança, decidi que colocar meus pés numa viagem que supostamente me iria ajudar, sabendo que todo o retiro é para nos encontrarmos, esquecermo-nos das coisas que nos atormentam e até de pessoas que nos provocam náuseas no coração arrisquei…Arrisquei e parti. Partir para esquecer, para recomeçar, para reviver e florescer.Mas…
Mas...
 
Mas há sempre um “mas” no meio das coisas supostamente favoráveis…
Sabendo a teoria, eis que não a consigo praticar. Serei fraca? Teimosa? Ou eu mesma sem conseguir mudar determinados traços?
No ar, onde faço a ponte da mudança suspiro, dizendo: “É agora, vou conseguir!”.
Assim, esqueço passado, presente e futuro por breves momentos. Deixo de ser eu até as portas se fecharem.
Mas…
Mas não tarda muito que o passado se torne novamente o meu maior homónimo.
Rasgo a folha, e reconstruo-a. Queimo-a, mas guardo as cinzas. Guardo os rascunhos e restos sombrios num baú secreto, mas ando com a chave presa ao peito, bem ao lado de algo que bombeia meu sangue, de tal forma a que, se este não for alimentado com o pó que me condena… simplesmente morre!
Quem sabe na chegada não encontre a esperança que até hoje não consegui obter.
Mas nem um outro cheiro, nem uma outra terra ou chuva, nem um outro planeta à minha volta tira a minha cegueira.
Cheiro a terra molhada, a água a correr, luzes ao fundo definindo a cidade… o tudo e o nada faz com que a minha alquimia volte ser a tua criança.
E agora? O que posso eu fazer se nem viajar no espaço me faz mudar todo o meu tempo?!
Encorajo-me para enfrentar a fronteira e o desafio… mas nunca estou só. Nunca estou sem aquelas memórias de uma estrela a brilhar bem longe… bem longe de mim! Mas bem dentro de todo o meu corpo e ser.
É por isso que sempre quis voltar no tempo cada vez que os meus olhos derramaram uma lágrima.
O meu presente é agora um sibaritismo.
Tudo lamento. Até de mim mesma! Por viver neste fedor protoplasmático… de não conseguir esquecer!!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Espelho quebrado

A voz rouca do meu coração
Dita horas de rebeldia
Nunca é o silêncio em vão
Meu corpo nada vale

Minha alma minha moradia!

Água louca do mar
Que me levou nas ondas do teu cabelo
Pensava eu que sabia o que era amar
Logo eu que sonhava com o marinheiro
Era apenas aprender a sê-lo

Espelho quebrado
Palavras perdidas

Meu coração mal-amado
Recordações sentidas…

Ousadia

 
"Ouse, ouse... ouse tudo!!
Não tenha necessidade de nada!
Não tente adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.
Se você quer uma vida, aprenda ... a roubá-la! Ouse...
Ouse tudo!
Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer.
 Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:
algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!"
(Lou Andreas Salomé)

domingo, 12 de agosto de 2012

Escrevi Teu Nome No Vento

Já pensei...

De manto branco, com as gotas de orvalho que abrem a manhã, corro num lugar chamado para sempre.
Pensei então em deixar o teto de casa e caminhar. Caminhar sozinha. Sozinha para me encontrar.
Foi esta a herança que recebi, uma cruz pesada, uma sorte divina, um anjo da guarda e o azar do coração comandar minha mente.
Sorri e refresquei os sonhos entre as gotas da chuva gelada e aí tudo mudou.
Pensei sem sentir e pensei em seguir em frente sem nenhum caminho… apenas sorrindo a cada canto, amaldiçoando meu coração a cada queda minha.
Pensava eu viver iludida por ter esta enorme e exagerada capacidade de sonhar, pensava eu viver desiludida por ter consciência de que sem racionalidade não chegaria a meta alguma. E nesse pensar pensava em tudo, e acabava por não pensar em nada, pois nunca pensava em mim.
Punha tu e outro ele, e todos os outros em primeiro lugar nesse pensamento, e eu que realmente era importante era um simples pensamento ardido e desgastado por não ter tempo nem espaço para em mim pensar.
Descobri algo chamado eu. E não é o mundo que o faz o eu. É cada eu que faz o mundo.
Sonhei sempre caminhar com alguém ao lado. Pois… já pensei… quem não pensa?
Mas o meu coração é como uma árvore verde cortada…
A seiva verde secou e nada mais restou a não ser madeira queimada!
Mas sim, já pensei…

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Baile!


É hora
É hora da chuva de estrelas!
Brindem à vida...
Vistam um vestido comprido...
É hora
Do baile do recomeço
de uma vida nova!
Parem com lamentações e medos...
Não é tarde
E o cansaço é picológico...
Ganhar coragem e mergulhar!
Mergulhar em águas geladas
Dançar entre a neve
Abraçar quem amo
É hora!
Hora de esquecer quem nunca me soube amar.
Chegou a hora do baile
Tocam as doze badaladas
E sem sapatos de cristal
Danço descalça na areia do mar
Brisa salgada
É hora de esquecer as lágrimas
É HORA!!

terça-feira, 31 de julho de 2012

Eco


"A vida é um eco.
Se você não está gostando do que está recebendo,
 observe o que está emitindo."
(Provérbio Indiano)
 

Minh´Arte



Sempre quis ser livre, mas nunca passei de uma prisioneira deste mundo de insensatos.
Quis a Lua, quis o brilho das estrelas, e quis ser como o Sol: brilhar sempre, mesmo que estivesse sozinha no céu.
As coisas não são fáceis para quem sonha tão alto… Cheguei a um ponto, em que, voei voei e voei e percebi que era tudo céu: mudavam as nuvens, a pressão nos meus ouvidos e na minha mente, os sons, mas o panorama era sempre o mesmo.
Prisioneira dos meus próprios sonhos, continuei abrir asas de olhos fechados mas de mente mais sã… até que, percebi que sou prisioneira numa cela sem janelas, e escolhi ficar! Escolhi ficar acorrentada a falsos sonhos… que não passavam de ilusões.
Inspirei-me numa noite em que se acorda com a sensação de que andei muito tempo enganar-me a mim mesma e pintar as paredes do meu mundo com cores que agora não combinam.
Era tudo tão mais fácil se agora as paredes fossem todas brancas. Sem cor, sem rabiscos, sem formas… nem memórias!
Mas… nada melhor que a reconstrução e recriação dessas paredes… porque o que fiz anteriormente foi a arte de amadurecer. A arte de perceber que nada sou sem sonhos, mas que não posso confundir sonhos com ilusão, nem utopia com realidades!

Código da Inteligência - Augusto Cury


"Este livro apresenta uma inovadora teoria do funcionamento da mente - a Inteligência Multifocal ou Psicologia Multifocal.
O autor sugere um processo de mudança pessoal baseado no capacidade de pensar, com vista a uma personalidade mais autónoma e inteligente.

Para expandir o nosso intelecto é necessário decifrar os códigos da inteligência. Estes códigos são chaves que nos permitem "desenvolver o nosso imaginário, a nossa capacidade de superação das intempéries, e as nossas potencialidades intelectuais".

Dar


"Não é o quanto fazemos, mas quanto amor colocamos naquilo que fazemos.
Não é o quanto damos,
mas quanto amor colocamos em dar."
-Madre Teresa de Calcutá-

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sede


Hoje tenho sede do Senhor!
... Como Ele está sempre comigo, vou agora ao encontro Dele...

Amor


"As pessoas boas merecem o nosso amor,
as pessoas ruins precisam dele!"

-Madre Tereza-

domingo, 22 de julho de 2012

Onde está o vosso amor?

Amor?
Para onde se dispersou?
O Homem questiona-se para onde foi o dinheiro que tinha no banco, não suporta a ideia de o vencimento ao final do mês se ter evaporado. Lamenta-se, revolta-se, chora, sacrifica-se, trabalha horas a fio para sobreviver ou para conseguir a qualidade de vida que tinha anteriormente. Culpa  todos e ao Mundo…
E pelo amor? Quem luta?
O Homem esqueceu-se de que ele é mais que carne e osso, com uma boca que precisa de alimento. Fechem os olhos e procurem o bem no interior se o vosso coração está alimentado. Ele está suficientemente nutrido para viver em paz e com alegria?
Nesta correria esquecemo-nos de olhar para o lado e sorrir. As pessoas estão tornar-se em máquinas de agrado supérfluo. Quantas vezes desejamos o bom dia à pessoa que está apanhar o mesmo autocarro que nós? Quantas vezes rezamos e agradecemos a Deus por mais um dia de Vida? Quantas vezes nos reunimos em família e damos todos as mãos? Quantas vezes cantamos em vez de chorar? “Porque quem canta o seu mal espanta!”.
Quantas vezes olhamos para o espelho, e em vez da vaidade olhamos para o espelho da nossa alma, os olhos e perguntamos, hoje vocês brilharão, pois terei o meu coração cheio de alegria, saciado e feliz. Hoje vou estar bem comigo mesmo e com o Mundo. Hoje vou sorrir para os estranhos, dizer  “bom dia” para os que nunca falámos mesmo que nos cruzemos com eles todos os dias ou até achamos antipáticos. Hoje na fila incansável e sem fim das pessoas que estão no Centro de Emprego ou noutra qualquer instituição de resolução do outro lado da crise eu irei abraçar quem está atrás de mim e à minha frente e direi: “Nós vamos conseguir!”. E para que o Homem consiga, basta cada um de nós mudar o nosso interior para que as nossas forças se unam, sendo de dia para dia pessoas melhores e só assim a sociedade se conseguirá renovar.