Sempre quis ser livre, mas nunca passei de uma prisioneira
deste mundo de insensatos.
Quis a Lua, quis o brilho das estrelas, e quis ser como o
Sol: brilhar sempre, mesmo que estivesse sozinha no céu.
As coisas não são fáceis para quem sonha tão alto…
Cheguei a um ponto, em que, voei voei e voei e percebi que era tudo céu:
mudavam as nuvens, a pressão nos meus ouvidos e na minha mente, os sons, mas o panorama
era sempre o mesmo.
Prisioneira dos meus próprios sonhos, continuei abrir asas
de olhos fechados mas de mente mais sã… até que, percebi que sou prisioneira
numa cela sem janelas, e escolhi ficar! Escolhi ficar acorrentada a falsos
sonhos… que não passavam de ilusões.
Inspirei-me numa noite em que se acorda com a sensação de
que andei muito tempo enganar-me a mim mesma e pintar as paredes do meu mundo
com cores que agora não combinam.
Era tudo tão mais fácil se agora as paredes fossem todas
brancas. Sem cor, sem rabiscos, sem formas… nem memórias!
Mas… nada melhor que a reconstrução e recriação dessas
paredes… porque o que fiz anteriormente foi a arte de amadurecer. A arte de
perceber que nada sou sem sonhos, mas que não posso confundir sonhos com
ilusão, nem utopia com realidades!
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