sábado, 15 de janeiro de 2011

Uma forma de viver


Cerrar os olhos de forma amena não é morrer.

Morrer não é o momento que o coração pára e que o cérebro já não pensa.

Há muitas formas de morrer diariamente.

Matamo-nos aos poucos, sem envelhecimento.

A vida nada nos ensina.

Na verdade, no viver só se aprende a morrer.

Podemos não escolher o sítio e a forma.

Mas procuramos a noite que tem sempre fim!

Ampliamos caminhos, para seguir sempre a mesma certeza.

Choramos, quando para o outro que já foi tudo terminou.

Mas continuamos apenas a nossa vida de existência sem vida!

Quem chama por mim?!

Ainda procuro por quem partiu e eu ainda não esqueci.

Acordo apenas em nome de um sonho de reencontro.

Um sinal de ti… esperando a noite, procurando-me viva sem vida!

Espero em vão, entre todos os sinais perdidos.

Quem já não volta, que nos lembra uma canção.

Tempo e sorriso que já não volta…

Irei um dia ver-te de novo!?

Custa-me entender e estas respostas absurdas que demorei a encontrar!

Agora vou-me acomodar à Vida, tentando nunca me sentido morta.

Achando que é algo do destino,

Uma margem entre nós, meramente torta!

Na morte de viver entendo se o teu mundo existe.

Porque na verdade, vive-se para a vida de morrer…

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