Cerrar os olhos de forma amena não é morrer.
Morrer não é o momento que o coração pára e que o cérebro já não pensa.
Há muitas formas de morrer diariamente.
Matamo-nos aos poucos, sem envelhecimento.
A vida nada nos ensina.
Na verdade, no viver só se aprende a morrer.
Podemos não escolher o sítio e a forma.
Mas procuramos a noite que tem sempre fim!
Ampliamos caminhos, para seguir sempre a mesma certeza.
Choramos, quando para o outro que já foi tudo terminou.
Mas continuamos apenas a nossa vida de existência sem vida!
Quem chama por mim?!
Ainda procuro por quem partiu e eu ainda não esqueci.
Acordo apenas em nome de um sonho de reencontro.
Um sinal de ti… esperando a noite, procurando-me viva sem vida!
Espero em vão, entre todos os sinais perdidos.
Quem já não volta, que nos lembra uma canção.
Tempo e sorriso que já não volta…
Irei um dia ver-te de novo!?
Custa-me entender e estas respostas absurdas que demorei a encontrar!
Agora vou-me acomodar à Vida, tentando nunca me sentido morta.
Achando que é algo do destino,
Uma margem entre nós, meramente torta!
Na morte de viver entendo se o teu mundo existe.
Porque na verdade, vive-se para a vida de morrer…
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