domingo, 9 de janeiro de 2011

Ritual em Reticências...


Mais uma noite de ritual

Quando muda esta Lua?

Quando deixa de haver estrelas neste céu?

Naquele céu que se pisa com pantufas de algodão…

Não se sentem os espinhos.

Esquecem-se perfumes!

E só advém quando a vida se tenta arrumar.

Naquelas prateleiras indivisíveis.

Sem arquivos nem pó!

Com vontade, sem acção.

“Quero fazer isto agora, como nunca fiz”… mas sempre quis!

O mesmo resultado.

Sem ponto final.

O fumo que desvanece.

E quando se tentam diluir ruídos.

Há um som estridente.

Parando sem pensar.

Actua com pesar…

Firme só na clareza de confeccionar.

Esta estúpida paixão sem entendimento.

Ritual!!

Faço malas para o definitivo.

Próxima paragem neste rumo intuitivo.

E amanhã ficar na mesma coisa que antes de ontem — um antes de ontem que é sempre...

Sorrio do conhecimento antecipado da coisa-nenhuma. Que seremos amanhã? Quando haverá amanhã?

Sorrio ao menos…sempre é alguma coisa: sorrir!

Porque sou eu produto romântico?!

Os outros também levam a vida a olhar para as malas e arrumar destinos!

Vendo sonhos nesta rua, cantando o meu hino de inconsciente!

Fitei de frente todos os destinos pela distracção de ouvir a crítica de não sonhadores…

Os outros…

Eu e nós neste ritual!

Como uma imagem do que eu sou e do que nós nunca seremos, não arrumei nem uma coisa nem outra...

Os outros no nosso ritual.

Nós, entre os outros…

Porque os outros também sou eu.

Nesta rodinha inútil…

Onde a tua voz me chegava como silêncio de Vida!

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