Momentos da Vida, em que tudo parece um filme alugado.
Daquele o qual só nos pertence por breves momentos.
E depois chega a hora da entrega.
Ele parte e vai de mão em mão.
Em busca de personagens espectadoras.
Filme que não é de ninguém.
Mas pertence a todos.
“É como se fosse só meu!”
Sente cada coração dos olhos que o contemplou.
Cada um como ancião do filme.
Quando ele é que é dono de toda esta manipulação.
O ancião na cadeira de balanço.
Da rua surgem aos seus ouvidos os sons da realidade.
Como se algo chama-se o ancião para a verdade.
Como pode ele esquecer os momentos?
Momentos da rua: de quando entrava nesses quesitos
E inquiria as pessoas sobre a visão das coisas
E sobre os pedaços da rua.
Os pedaços do seu Mundo.
A realidade, sem ficção do filme!
Estará o ancião inverter o próprio filme?
Passa as mãos pelos cabelos.
E nota então que está pensar em si mesmo.
Pensar….
Escolher!
A escolha entre a realidade da rua.
Pensando no filme que o prende entre quatro paredes.
E de repente algo começa partir dentro dele.
Parecia que o sangue,
O liquido que lhe corre o corpo,
A realidade de quem é
A ficção do que se está prestes a tornar!
Sem se aperceber começa caminhar…
Andou, até o mar encontrar.
Eram cheiros e imagens,
Eram pessoas e vidas.
Era tudo dele.
Pelo mundo fora…
Caminhou…
Sem se perder não teve noção de onde chegou.
Adolescentes a dançar.
Bebés a soluçar.
Belas faces e atléticos corpos…
Gritos de mestres a ensinar.
Armadilhas que fizeram constelações
Brilhos que cegaram…
Escureceu, e a janela por si só cerrou!
Alcançou os próprios braços
E a ele mesmo se abraçou
Chegou até os seus pés agasalhados em grossas meias de algodão…
Descobriu que o filme a passar era apenas a sua vida.
Ninguém mais ali na sala para assistir a esse filme com ele.
Estava só
Ouvindo as vozes da rua chamá-lo!
Sem comentários:
Enviar um comentário