domingo, 3 de outubro de 2010

Anjo caído no Ringue

Não se lembra do momento, nem se deu conta que tal aconteceu… Mas os olhos de inocência cruzaram-se com a crueldade e sentiram o amargo prazer da injustiça.

Embateu contra momentos dolorosos e conheceu o amargo sabor da violência e injúrias!

Chegou quase ao limite, mas tolerou e tentou desviar-se de negras personalidades…

Tentou esquecer os espinhos cravarem-lhe o coração enquanto caminhava, perdeu-se de dor, e tentou esconder… Sentiu que era melhor não falar, mas também não fugiu… Enfrentou a realidade, embateu em algo... e caiu!

Aconteceu uma vez… e mais mil!

Acumulou toneladas de peso no peito… e transbordou por fim no olhar.

Sorriso já nem existia, mas teimava em não querer dizer: “Basta, não aguento mais!”

Um dia, talvez encontre isto de novo e não se deixe abater. Até então irá encorajar o corpo a combater sem razão!

Mesmo parecendo uma história sem fim, parece perdido no próprio destino e a cruz parece pesar toneladas.

Não sangra nem chora, luta sem conjecturar fúria…

Maus hábitos os quais não se interiorizam, nem nunca chegam fazer parte dele, mas adapta-se!

Um golpe, um estigma, um rasto, cicatrizes…

Caído, sem luz, tão longe do mundo dele…

Ondas que queimam, deixam marcas maiores que aquelas que se vêm nas mãos!

Olhos, lábios… Porque mudaram eles?

Soltam-se penas…

Voam pelo nada em glória de uma horripilante e inevitável transmutação…

…Um anjo caído no ringue…

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