Não se lembra do momento, nem se deu conta que tal aconteceu… Mas os olhos de inocência cruzaram-se com a crueldade e sentiram o amargo prazer da injustiça.
Embateu contra momentos dolorosos e conheceu o amargo sabor da violência e injúrias!
Chegou quase ao limite, mas tolerou e tentou desviar-se de negras personalidades…
Tentou esquecer os espinhos cravarem-lhe o coração enquanto caminhava, perdeu-se de dor, e tentou esconder… Sentiu que era melhor não falar, mas também não fugiu… Enfrentou a realidade, embateu em algo... e caiu!
Aconteceu uma vez… e mais mil!
Acumulou toneladas de peso no peito… e transbordou por fim no olhar.
Sorriso já nem existia, mas teimava em não querer dizer: “Basta, não aguento mais!”
Um dia, talvez encontre isto de novo e não se deixe abater. Até então irá encorajar o corpo a combater sem razão!
Mesmo parecendo uma história sem fim, parece perdido no próprio destino e a cruz parece pesar toneladas.
Não sangra nem chora, luta sem conjecturar fúria…
Maus hábitos os quais não se interiorizam, nem nunca chegam fazer parte dele, mas adapta-se!
Um golpe, um estigma, um rasto, cicatrizes…
Caído, sem luz, tão longe do mundo dele…
Ondas que queimam, deixam marcas maiores que aquelas que se vêm nas mãos!
Olhos, lábios… Porque mudaram eles?
Soltam-se penas…
Voam pelo nada em glória de uma horripilante e inevitável transmutação…
…Um anjo caído no ringue…
Sem comentários:
Enviar um comentário