segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tempo perdido?


Escrevi cartas, o tempo passou e nem o pó as levou…

O tempo passou, e aquela rua onde me perdi, continua nua e fria, onde o escuro continua e nada dentro dela sorri…

O tempo passa e as memórias permanecem…

Porque me garantiram durante uma vida que “O Tempo tudo muda”? Mas nem tudo cura...

O tempo passa, as expressões do meu rosto mudam, mas o coração de criança não se cansa…

Impulsiona assim tudo e nada parado no tempo: imagens e pessoas, imagens de pessoas e pessoas que não passam agora de imagens!

Vagueio agora por becos de desilusão… Revivendo momentos que outrora contaminaram o meu ser e me fizeram parar no Tempo.

Agora sigo: neste busca insana, perdida em sombras que sufocam o meu pranto…

Tento conter aquela lágrima que quer gritar um nome!

E nos ecos da minha voz, faço-me entender que não vale a pena rolar em teimosias… que não resultam a não ser em Perder Tempo!!

Perder-se Tempo?!

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