É noite, avisto a lua cheia!
Que clarão é este embutido nos meus olhos?
Algo que o olhar não consegue esconder, nem com sorrisos nem com lágrimas.
Disseram-me durante uma vida, que em cima de mim só há Céu! Não… há muito mais para além das nuvens…
Olho a Norte, olho a Sul e ela fica ali a guardar-me!
Há um cheiro de fogueira que queima o ar… O mesmo Céu, o mesmo Norte, o mesmo Sul… a mesma Lua!
Sempre ouvir uma melodia para alegrar momento de melancolia.
Maldito animal é este o Ser Humano, que é vagabundo e tem uma mente criminal… Mas certo é que toda a gente chora.
Uma taça de champanhe?
Há festa esta noite…
Com sabor a tutti-fruti desfilam corpos vestidos de nada!
Quem é este Ser que não respeita o silêncio da Lua?!
Desbaratado, fanático, melodramático!
É um depósito de mágoa e pobreza interior que veste farrapos de luxo para brilhar o exterior!
Fala mal, e vive longe da realidade… odeia e sofre três vezes mais que um selvagem animal…
Acreditam em contos e fazem histórias infelizes!
Não adianta querer, tem que se ser, tem que muito dele e dos outros ter!
O mundo é muito diferente da Lua para cá… Só alcançamos o céu em dioptria máxima porquê? Rara e pequena capacidade.
Somos seres pequeninos e rabugentos com uma Vida…
A neblina corre a nossa alma e ficamos cegos com o pouco a que estamos habituos ver.
Hoje adormecemos, e amanha vamos acordar aqui outra vez, para cá da Lua, pouco vendo! Cada um no seu castelo, cada um na sua função e nem sequer arranjamos tempo para perceber que estamos morrer de Solidão!
É isto: pouco e pequeno: o Ser Humano diluído nesta corrosiva atmosfera. Que quebra o equilíbrio ecológico que nem sabe distinguir a Filosofia da sua própria análise psicológica.
Um Universo em crise: e ninguém quer ser coadjuvante de ningúem!
Afunda-me o barco…
Mas só nos lembramos de pintar as letras das ondas em cor de Ouro!
Ser Humano imperfeito, que não sabe o significado do Não!
Procura vivo ou morto, uma estranha e incorrecta perfeição…
Besta!
Aquele que vive só e sem senão!
Batendo no peito frio, sem coração.
És cego? E ainda te chamas com charme de “doidão”!
Palmas para nós… Seres Humanos espectadores da Vida!
Existimos, nesta esfera nem redonda, com arestas gélidas sem sentimento nem emoção…
Esta é a história de “Um Ser” que vive para cá da Lua…
De “Classe A”… Mas afinal o que há para além da Lua e do Céu?!
O mundo é diferente daquele que me contaram em histórias felizes de Sapos e Principes, de Homens e Guerreiros…
Seres Humanos…
... em plena Decadência!
... em plena Decadência!
Que guapo testo (cumo ls demais que publicas).
ResponderEliminarMira Patrícia, quedei sien palabras, cun ganas de te dezir que ando siempre porqui, mas las palabras nun me salien, i todo por bias de l testo, tan cumpleto i tan fuorte, stá alhá todo.
Yá mos habitues-te a cousas straourdinárias, que mais you podie dezir-te que nun fusse dar-te ls parabienes, porque ler hai muito que ler, mas ler aqueilho que reçuma a sabedorie, i mos antra n'alma nun hai muito.
Amiga cuido que inda nun te squeciste de l pedido que te fiç, fai tiempos, quiero testos tou an pertués para poner ne l site de l nialdelaboubielha, percisa de outores an pertúes i tu dabas-mos tanta alegrie se l fazisses. Pensa nisso i ambia-los.
Deseio que cuntines siempre neste camino i que las fuorças nun te fálten.
Beijicos
Faustino
Obs:Este comentário está escrito em Mirandés.
Olá Patrícia
ResponderEliminar-Queria saber se posso publicar este texto traduzido em mirandês (sairá em bilingue)
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Beijos
Faustino