quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dissabor de Sentidos!

Quero actualizar este dia!
Mas não, não vou fazer um poema…
Limito-me ouvir uma música que inspira os meus próprios batimentos cardíacos e me faz sorrir.
Sorrir, porque estou aqui, sorrir porque estou viva, e sorrir, por ter a sorte de ter Tudo para ser a pessoa mais feliz do mundo… Porque não sou? Quase tudo… um quase grande, pelo qual luto diariamente!

Faço agora uma viagem em redor de mim, não como conclusões de crises existenciais… apenas um resumo deste dia para mim!

Ouvi uma história à lareira, da “Bela e o Pobre Poeta”, aquele que pinta poesia em quadros e pendura telas na parede da casa onde vive em solidão.
Encontra o final de todas as histórias em “A Vida é Bela”: em cada pensar, sentir e agir.

Grandes e fracos, mas com estas pequenas memórias, não irão longe.

Em lagos azuis grito até rebentar as artérias que “Aqui vou ser Feliz!”

Transformo, misturo e até trituro memórias para conseguir “O hoje!”.

A Vida é muito para ser pensada e deixar de ser vivida… e nas histórias que me contam, há sempre qualquer coisa que fala de irrealidades e facilitismos! Mas quero mais… quero o desafio, quero a liberdade de um sonho real!

Todos nós passamos de fúteis a “qualquer coisa”, escrevendo linhas dos nossos livrinhos secretos! Meras palavras, puras aparências…

É isto, hoje e sempre, a inconstância da minha alma selvagem, que vê o Amor desfeito em melodramática poesia!

Onde vive o optimismo deste dia?

O amanhã não vai ter tanto encanto…

A passo do descompasso, não encontro critério para me queixar deste dia.
Vinte e quatro horas foram mais que suficientes para pesar as minhas palavras, inseridas no meu mundo e nos meus passos!
Sou assim, feita de pedaços dos meu caminho, não pesando os bolsos com estas pedras que me apontam, mas sim suportando as esfaceladas cicatrizes que curam sem tempo e razão!

Conformes poetas contam que “Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena”: na minha irrealidade oculta, a minha será sempre insatisfeita, e refugiando-me em pequenas palavras, gritando no meu silencio, e de repente o riso causa um desiquilibrio emocional no que é, e no que devia ser para mim mesma!

Dissabor de sentidos (in)significantes, onde tento entrar nos eixos de um outro rumo diferente, nestas intermitências de memórias e presente!

Vazio, ou cheio? Cansada dessa “gente” ofendida consigo, com o presente, que se diz liberta do passado, quando é ele que atormenta as acções do presente…

Na vida, é tudo ou nada, e eu que vejo o mundo ao contrario, ouço sempre o coração, e no limite de um olhar, continuo assim: eu, neste mundo, com passado!

Meu estranho mundo?
Não, apenas tento dar uma volta de 360 graus no que fere…
De mãos dadas com a Lua, sonho entre Utopia, transformar o negro em arco-iris… e acredito compulsivamente que a arte não começa nem termina.
Para mim a arte é infinito, algo que não termina, e jamais se saberá o seu ponto de partida!

A de Amar, vive na casa de Soturno, e a louca porta da casa que fica aberta, diz que a Lua não é de ninguém! Tal como os sonhos que construo: não são meus!!

A pura das loucuras é convencer-me de que a minha sombra é uma mirangem!
E assim decido pintar o meu rosto de rosa choque para me convencer de algo berrante que não sou!
Mesmo assim, a admirável demência é continuar chorar ao ler romances, quando nem se sabe se o amor realmente existe.
O Amor não se mede em gramas, porque “Maria´s e “Manueis” há muitos…

Apetecendo-me apimentar o sentimento de intriga, aprendo anatomia humana, e ai percebo que o coração não passa de um órgão forte, mas que fica fraco e pára… de repente!

E a vida resume-se a  arte: de máscaras humanas, pintadas de da cor que nos apetece.

Ausência instável neste barraco de ideias! Caminha-se sobre solos de pingos que caem so céu, e escrevem-se cartas para ninguém…

Assinam-se compromisso com o Acaso, e enquanto se esboça uma tela, dão-se pequenos goles de Chá de Menta… Porque Arte é prolongar o Tempo. Não é esta escrita lambida do resumo de um dia só meu.

Uma estrela em reflexo de uma flor em espiral, que se transforma em estrela cadente, sendo o desejo do homem fechar aspas em actos sem citar o autor!

Sente-se uma gargalhada sonora de um futuro imprevisível, e numa noite de Inverno, cai a Geada sem estrelas, que queima estas flores em espiral que eram a única companhia daquele solitário banco no jardim!

Lenga-Lengas, de histórico-filosóficas resumidas a provérbio de avós, que enchem o nosso cérebro de coincidências que nem existem!

Horas tortas: há muitas maneiras de passar o tempo...

Juntos num caminho só nosso, no limiar dos sentidos, despem-se palavras, e surge uma lágrima na luz… Louco amanhecer: mais uma peça no Puzzle!

Manejar o Silêncio é mais do que esconder palavras, são as memórias de uma vida, que nos meus olhos não fazem sentido!

Noites difíceis num papel em branco…Aquele ser “anormal”, que exprime que o essencial é Amar… Quando toca a melodia do Adeus e anuncia fim sem principio!

Jogadora de palavras, em laço de sangue, onde os loucos estão certos, onde o dia foi feito disto tudo: emoções, os meus gostos… pensando e falando no perfeito juízo por detrás de loucura, com “porquê´s”… Porque sim!

Sem magia, a Vida seria pura atracção! Sonhos vencidos, ou não?!

Suspiro de uma "toda a vida"…
Tudo termina, mas tudo ficou por dizer!

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