quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Tecido irrigado de vermelho


Porque sou eu fita deste tecido irrigado de vermelho?

Ou me aceito como sou de uma vez por todas ou renuncio uma vida já!

Sou isto… para quê? Tanta emoção junta nunca fez bem a ninguém. Acaba sempre em desilusão ou loucura!

Mas que é isto afinal, ser feita de sentimentos? É como se tudo o que corre dentro de mim se resuma a adrenalina… de emoções!

Fico cega, e não vejo com a mente. Esta teima me ofusca um grande problema de racionalidade…

Perco a cabeça com coisas que para seres normais não passam de lerdas e ininteligíveis!

Mas o que é isto onde eu me perco eternamente? Uma teia de sentimentos, que me prende como presa débil e padecente…

Fugir de sentimentos? Para que? Não tenho razões para o fazer… sentimento é um colossal desafio, ora bom, ora menos bom! Porque não existe para mim um sentimento “mau”. Todo ele tema sua vertente boa, pois são os ditos “maus” sentimentos que nos fazem crescer, amadurecer, e acima de tudo valorizar aquele que é tão bom de ser sentido!

Mas sentimentalismo não deixa de ser o meu grande problema…

Confronto realidades de uma não fácil vida e diariamente fico sensibilizada com o que menos espero… assim, enfrento todo o pormenor da vida com este maldito tecido de que sou feita!

Costurada ao pormenor, há detalhes que a mim própria me surpreendem… tal como agir com sentimento e mais sentimento, quando não há razões sequer para haver espaço para tal lacuna.

Nunca pretendi que isto que corre dentro de mim me causasse um problema… mas hoje tenho as minhas sérias dúvidas!

Porque é ele o culpado de muitos outros sentimentos antagónicos!

Por ele eu me contorço e me reviro… quero deixar de sentir e deste mundo me afasto…

E ali fico eu, na minha pequena bolha… de sentimentos!

Coisa que me persegue e me invade os actos irracionais e os concebíveis!

Gritando: porque sou eu feita de tecido de coração, onde me enredo nesta teia de sentimentos?

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