segunda-feira, 26 de abril de 2010

Apenas coisas

Pensar numa flor é vê-la e cheirá-la

Leve, muito leve consegue-se sentir o aroma

Em dias de luz perfeita e exacta

Num dia excessivamente nítido

Sem o poeta se importar com as rimas

Debruça-se sob a janela

E avista trivais braços que agarram a magia

De uma simples flor

O mistério das coisas?

Onde está ele?!

Só a Natureza é divina

Porque o que nós vemos das coisas

São apenas coisas

A flor é apenas flor...

E o perfume?!

1 comentário:

  1. Anónimo26/4/10

    O que nós vemos das cousas são as cousas.
    Por que veríamos nós uma cousa se houvesse outra?
    Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
    Se ver e ouvir são ver e ouvir?

    O essencial é saber ver,
    Saber ver sem estar a pensar,
    Saber ver quando se vê,
    E nem pensar quando se vê
    Nem ver quando se pensa.

    Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),
    Isso exige um estudo profundo,
    Uma aprendizagem de desaprender
    E uma seqüestração na liberdade daquele convento
    De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
    E as flores as penitentes convictas de um só dia,
    Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
    Nem as flores senão flores.
    Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.


    De alguem que te viu e me disseram: SIM, é a menina do Blog

    Verdadeiramente ENCANTADO
    agora com o teu olhar

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