domingo, 29 de maio de 2011

Cores do Vento


Bem na minha mão aperto um sonho de um novo amanhecer como se de areia se tratasse! Aperto e ela cai, abro a mão e o vento leva-ma!

Como conseguir respostas às quais não tenho sequer uma pergunta?! Não consigo construir uma questão com este madrugar sem canção!

Há coisas dispersas no meu sono, e tento conciliar as cores do vento com as do arco-íris…

Se me desses mais paz nesta alma inquietante, deixava-me apenas ficar e deixar levar por uma leve brisa… quero voar num novo rumo, sem inquietudes! Depois deste rio o que vem? Que maré me leva? A da sorte? Talvez da sorte do lado de lá do azul…

Enquanto houver este tipo de paz dentro de mim tudo fica assim: com uma pitada de sonho, apesar do suplemento de medos!

Finto a pulsação da adrenalina, e longe de mais busco memórias que não estão sequer limpas de flagelos…

Entre a ponte a agua gélida que persiste em molhar os meus pés descalços, espelho-me na Lua, e questiono-lhe porque prefere ela também o negro da noite… É na escuridão que contemplam lendas e estrelas!

Mais olhos que barriga? Mais respostas que questões…

Maneiras de agradar orgulhos e rebeldias de espírito.

Como me sentiria tranquila se soubesse onde comprar um manual de sobrevivência… um daqueles que nos permite nascer apenas depois de ter vivenciado tudo na vida… mas nós podemos adquirir a capacidade de renascer sempre que queiramos! Basta recomeçar o dia de forma diferente… e não querer mudar tudo de uma só vez.
Arrombar a porta do céu para assaltar estrelas nunca foi a melhor solução. Mas desistir de escalar pelas nuvens para alcançar o Sol é um acto de deslealdade.

O mesmo olhar perante a vida, mas por outras palavras. Palavras feitas de seda e bordada com coragem, fé, sonhos e sobretudo luta… muita luta diária!

Afinal quantas cores o vento tem?

Basta uma resposta para duas questões. Porque o que atormenta não é a questão. São as respostas que não queremos ouvir nem aceitar!

Por quem caminhar?!

Rosa ou vermelho?! O tom não é mesmo… mas ás vezes queremos empalidecer o vermelho e transformá-lo em rosa só para que não nos magoe os olhos… ou a alma!

Querer ver aquilo que não está ao nosso alcance… nem nunca vai estar!

Sou eu, caminhante subtil das cores do vento…

Quero apenas tocar no céu sem a cara queimada com a força destas cores violentas.
Não, não as vou transformar… vou pintar um lugar encantado, onde os meus sonhos irei embalar!

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