sexta-feira, 29 de abril de 2011

"Assim", Uma carta para alguém...

 
"Acordo assim! Nunca acordaste “assim”?!
  “Assim” como algo estranho e inexplicável… “Assim” como se uma pena de pavão entrasse em ti e fizesse cócegas com uma cor qualquer, sem conseguires decifrar qual!
  “Assim” foi como eu acordei… como se o pressentimento de que “hoje a minha vida vai mudar!” me invadisse. Para melhor? Para pior?! Como? Não sei…
  Acordei “assim”… num lugar para além do arco-íris! Neste dia encontrei uma nova cor! Bem lá do alto, no fundo de mim mesma, os sonhos que sonhei: “uma vez” desta história estranha que contada jamais alguém entranha.
  Pássaros azuis voavam pelo castelo deserto. Já não havia Sol, na noite em que descobri as estrelas.
  Foi ali, ao olhar-te, que te desejei como se me sentasse em cima do trono de um novo sentimento… depois de duras realidades, perseguidas pela consciência de culpa e traição acordei onde as nuvens nasceram. Bem atrás de mim, sem porto de abrigo.
  Quantas vezes não pisei as pedras daquela calçada, pensando no porquê de não te ter conhecido antes.
  Os problemas entre nós derreteram-me como balas, e longe, acima dos topos das chaminés era onde eu queria que a tua mira me retratasse.
  Tempo não nos faltou. Caminhos se cruzaram, encruzilhadas nos depararam… mas o sentimento por ti teimava em me desafiar. “Porquê se não posso?!”
  Ontem consegui ver árvores verdes entre toda esta selva negra que sempre teimou em nos assombrar.
  Árvores verdes?! E Rosas vermelhas também…
  Olho para elas, e assisto-as como se da nossa história se tratasse. Dizes-me tu para esquecer o passado? Não quero! Hoje tive a certeza de que não quero esquecer nada que tenha a ver contigo. És lindo de mais para que isso aconteça. Não me canso de te olhar e flutuo quando acordo nos teus braços… Por favor, não me condenes por ser uma eterna criança que acredita em sonhos.
  São momentos como as últimas horas que passei contigo que me fazem abrir os braços e querer voar. É o teu sorriso que me faz sonhar… e hoje tenho novas palavras no nosso livro: acreditar… e confiar!
  Já viste como fica lindo o Céu ao fim do dia no Castelo?! Já viste como ficam os nossos olhos? Baralhados, como se não soubessem distinguir as cores para além do belo?! Foi o que aconteceu àquela irreconhecível menina de há uns dias. Uma menina com medos e inseguranças que quis tirar uma fotografia a um lindo veado, mas não o soube distinguir. Olhou para ele e apenas viu um “ser”…
  Só quando o dócil veado, com o seu passo ameno a olhou nos olhos, se aproximou e mostrou o quão singular e harmonioso ele era, é que a menina conseguiu ver! Ver, deixando de estar cega com sóis passados que a magoavam. Só com as cores não antes pintadas é que conseguiu a fotografia perfeita que ficará encaixilhada para sempre na memória, e sobretudo tatuada no coração.
  Por te dizer que acredito em sonhos não é porque durante toda a minha vida vi céus azuis, com nuvens brancos ou arco-íris de fundo! Talvez seja porque sempre me habituei viver com um cenário negro, mas tenho esperança, e isso faz-me “sonhar”.
  Para mim as cores do arco-íris não são lindas no céu. São aquelas que se vêm no rosto das pessoas.  E desde o momento que te vi houve um raio de Sol que fez com que me atraísse a ti.
  Como Ferro e Íman…
  Atraís-me não porque és um “menino bonito”! Atraís-me por tudo o que tu és…
  Hoje peço um desejo, em cima de uma estrela: que para o ano te possa dar mais um beijo, como o de há dois anos atrás… bem lá no alto, onde o meu sonho me desafiou… me desafiou amar-te… até hoje!
  Como Ferro e Iman... Sou Feliz assim... eu e os meus Sonhos!
  E tu fazes parte dos meus sonhos.
  Obrigada pelas Rosas!"

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