Chegaste há uns tempos... por esta altura à minha vida
Trazias palavras e gestos por inventar
Que cativaram desde logo os meus sentires
Quando sussurradas me arrepio e sonho...
Nunca te disse adeus, mas os nossos caminhos deixaram de se cruzar!
Mesmo que a distância seja muito longe
os poemas conhecidos entre nós jamais serão apagados por outras SENSAÇÕES
Tanto tempo...
E eis que regressas,
Como se nunca tivesses partido.
Sei-te em cada letra que me lês,
Em cada suspiro de mim
Em cada anseio de nós
"Por aquela conversa"!
Em cada anseio de nós
"Por aquela conversa"!
Medo de palavras
Dor da saudade...
Numa vertigem
Em que o tempo é o lugar que escolhermos...
Sem medo!!
Voz rouca,
"numa pronuncia do Norte"
em olhares verdes e com a SenSação de que avisto o Mar
Ou o céu...
Um dia por inventar
Uma noite por acontecer.
Dizes:
Que não podemos viver só de palavras...
Então, parto sem bagagem, sem destino,
Em que o caminho ainda és tu.
Com sensação de que a meta é a tua compreensão...
E o trofeu um abraço teu!!
Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
ResponderEliminarQuem sou? um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo...um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém
Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou? Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...
Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro...
Uma chaga sangrenta do Senhor...
Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...
Florbela Espanca