domingo, 20 de junho de 2010

Gato Preto?

Gato preto atravessa pela ruela vazia!
A noite estava muito escura, e era difícil reconhecer que tal bicho vagueava o vazio da noite naquele preciso momento.
Lá foi “ela”, para casa temendo que o azar caísse sobre o instinto das superstições.

Ao girar a chave da porta, convenceu-se que não: “Não era um gato preto!” A sensação de “azar” era pura imaginação!

Olhos que me penetraste, transformando-os em imagem de arrepio… Será que todos os gatos que cruzam a história da ode daquele diário são pintados de preto?!

Pelo macio onde encaixam sete vidas: uma já eliminada transforma-se em cinza negra que povoa os céus…

Que insustentável leveza interioriza este estranho ser?!

Ser felino: ninguém controla o exagero de coincidência desta cor mestre!

Podes até ser um simples gato com sangue de cor azul, mas num dia de susto transformaste palavras em actos…

Tens nome de príncipe mas eu dei-te nome de rei! E enquanto dormes como nobre bicho eu consigo ver-te: ali e aqui! Outra vez vagueando aquela rua vazia… A nossa rua escura e fria onde avulta uma sombra negra à janela.

É ele, testemunha daquela história com sombras perdidas!

És tu que o chamas, és tu: Com nome de gato preto!

“O homem não sabe ver o gato, mas o gato compreende o homem.”

Olha, ele vem além… no seu passo com impasse, vagueando, miando a sua nostalgia, manifestando uma espécie de energia: perto ou longe, olhando ou fugindo…

Afinal era mesmo um Gato Preto!!

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