sexta-feira, 14 de maio de 2010

Imperfeição


Uma forma vestida de azul.
Sem sombra, nem movimento.
Intacta e estável.
Brilha.
Mas não projecta luz!

No canto alcança o encaixe perfeito.
E o segredo da geometria do poeta?

Nem tudo o que brilha projecta luz...
Palmo e meio de concreto.
Balançando na corda bamba da poesia.
Caminha em direcção a lua.
E cá está: musa de rima que mantém o coração intacto...

Tapem-me a boca!
Selem-me os ouvidos!
E por favor agarrem-me neste sentimento que me consome a alma...
Não quero destruir uma forma vestida de azul.

Quero retirar-lhe o brilho e fazer com que ela projecte luz!

A imperfeição do meu mundo de conto de fadas... onde o "para sempre" não existirá!

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