sábado, 11 de fevereiro de 2012

Não deixarei de ser Ridícula!


Porque é tão difícil este sopro, da brisa do meu coração?
 Ás vezes forte, outras muito fraco... Sem saber a cantiga dele, chamo-o de bandido e imprevisível. Talvez seja nele que coabita a ilha do meu fado...
Sem a loucura dele jamais conseguiria tornar os meus dias com esta luz prodigiosa que me ilumina de uma forma que poucos entendem.
Sou feita de trapos de sentimento, e nas costuras uso a linha da emocionalidade. Queria construir um muro de racionalidade, mas insisto em plantar flores e em colher espinhos, nunca optando pelas pedras... Porque mesmo que estas sejam mais fortes, não consigo transformar o meu coração em algo duro e sólido.
Tenho de vaporizar tudo o que sinto através da minha expressão. É a minha sina... Não consigo usar máscaras racionais!
Podia transformar esta alma romântica em guerreira, mas os baldes de água fria aquecem-me o corpo.
Posso ser considerada um ser anormal, mas foi no mar que aprendi a lição do perdão... Porque as ondas ferozes transformam-se de uma momento para outro num som suave que morre na areia.
Ás vezes julgo já ter morrido. Mas quando estou bem lá no fundo apercebo-me que é nessas alturas que algo de bom está prestes acontecer... Basta nunca deixar de acreditar nos sonhos!

Este Mundo é tão grande, e temos todos uma estranha forma de viver, e eu sei que a minha sina é comandada pelos meus passos, mas deixem-me... deixem-me viver nesta ilusão de que a magia existe, e que não é por acaso que as coisas acontecem. Não me façam cair na crua realidade de sociedades actuais. Quero viver e não apenas existir, e sem a minha utopia eu não me alimento! Desfaleço e acabarei por morrer se um dia deixar de crer nela!

Se sou filha azul do céu, é no mar que se reflecte a luz, por isso, deixem os meus olhos brilhar, mesmo que por vezes mergulhe na minha própria mágoa e desilusão.
Foi Deus que me concedeu esta graça perdida, e é nela que me encontro.
Entre cor, fantasia, metáforas e sentimentos. No meu Mundo... Sem hora para fechar o coração áqueles que são repletos de magia.
Não me condenem por ser louca no meu próprio mistério. Não me abram os olhos... porque eu ando de olhos bem abertos! Apenas quero ver as coisas de forma diferente.
A lágrima é o meu tempero, e sem o sal dela a minha pele estaria fina e transparente.
É ela o meu remendo!

Minha maneira de ser pode ser até uma maldição, mas não consigo ver o mar sem poema, nem a selva sem canção!
O que for, há-de ser, o que será ainda virá... mas não me façam acreditar que a vida é cruel, sendo a única certeza que esta acaba e nunca sabendo quando!

O meu papel principal é viver assim... à minha maneira.
Podem-me chamar criança ou porto de mágoas, mas eu não me importo. Não vou deixar de ser ridícula! Não vou deixar de amar palavras e poesia, não vou deixar de acreditar em mim!!
Renascer é sofrer depois de muitas dores, e amar quando se deixa de acreditar no amor.
Renascer para mim é isto mesmo! Ser assim, viver assim e continuar assim...

O amor pode-me enganar, a vida pode-me trair, é a lei da vida... Mas se voarmos mais perto dos sentimentos, será mais fácil encontrar o contorno e preenche-los de cor, quando estes estiverem prestes apagarem-se!

Não se zanguem comigo por ser assim.
Mas deixem-me acreditar em tudo isto!
Porque senão nunca conseguirei ser feliz.
É o pão meu de cada dia!

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