Nem sempre o negro é reconhecido pela sua cor, mas sim pelo brilho do olhar, escondido nos sonhos mais coloridos...
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Um Mundo para quebrar!
Nascemos para uma missão e vivemos num lugar para quebrar.
Não diria despedaçar em bocadinhos que se tornam nossos, mas transformar este Mundo num pouco de nós, dando um pouco de nós ao Mundo.
Para isso é necessário saber onde pertencemos: a missão mais difícil do Ser Humano. Pois limitamo-nos a seguir coordenadas da sociedade e das circunstâncias do momento ou da ambição futura.
Colhemos frutos apenas quando estes amadurecem, mas por vezes não nos lembramos de emitir calor e fazer com que o Sol brilhe entre as folhas das árvores, para conseguir saborear um fruto mais doce e rico.
Não podemos abusar da nossa posição, muito menos manipular o natural, mas o comodismo diário transforma-nos numa locomotiva que deita fumo sobre pressão!
O pensamento moderno faz as pessoas miseráveis, vagabundas de uma vida, limitadas no Tempo, sem se aperceberem que as próprias limitações são as restrições de uma personalidade.
Porque não ser um pássaro louco, voando nas cinzentas ruas, pintando de azul este velho céu?
Ele espera por nós, e pela nossa mudança.
Espera o velho homem… que festeja o som da Vida, que respira e aspira o ar…
Agora, neste ar abafado, existe um excêntrico, aqui e ali… Um anormal e um imoral. Tudo o resto de vulgaridade é certo, procurando sempre outro alguém que se adequa perfeitamente a essa total descrição.
Acaba-se o dia com cansaço, sem lugar para ressentimento ou reflexão. Cada passo é objecção , e já não existe poesia nem magia…
Imita-se tudo o que se faz naturalmente, copia-se o pouco que há de são, e diz-se ser original!
Ensaia-se o cérebro, e esquece-se o coração…
Sente-se um sabor estranho no estômago, engole-se tudo como se de verdade se tratasse, e ama-se o dinheiro como se de uma pessoa se falasse.
Será que ainda se pode abrir os braços ao céu? Subir uma árvore e cantar?
Nada me impede isso, mas já se é estranho nesta esfera a que eu vou chamar…
O amor é já uma razão, as telas de arte ficam gastas…
E cá estou eu, numa louca missão, subir uma árvore, dançar, cantar, sonhar… será que algum dia conseguirei este meu estranho mundo quebrar?!
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