De pé? Honradamente tenta enfrentar o céu, aquele que é rasgado por um relâmpago quente e fugaz!
Não quer perder o Sol de vista, não quer deixar de adormecer contando as estrelas, mas de mãos atadas, calada e quieta, parece perder com olhos acamados no nada.
Nada: sem qualquer certeza, mas com esperança, perdendo-se em cada segundo… Onde estão o chão? Os sonhos ainda vivem? Será que o próprio Mundo ainda cabe no coração?!
Perder para quem chega, acobardada por quem parte sem mais um não.
Tenta definir o momento, transforma, excede e é então que deforma assim, tão rapidamente diante da sua própria desvalida e perplexidade.
Quer ficar só, num Mundo que já não conhece mas tenta compreender… toda a perda e mudança, todos os actos e cheiros que desvanecem em vão.
Olha para imagens desfocadas e com elas junta peça a peça, onde da soma resulta uma perda total.
E tudo se aguenta, sem nada fazer, perder o ontem, perder-se a si mesmo sem futuro em consideração.
É agora tempo de branco interior, esculpido num negro que invade toda a aura que envolve as mãos atadas que arrebatam o coração!
Olha-se, bem de dentro e algo que consegue admirar à vista salgada é apenas Sombra...Sombra de Nada!
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