quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Entre Tempos de Suave Algodão!


Quantas vezes pedes ajuda aos céus?!
Quantas vezes agradeces a vida que tens?!

Por estes cantos sociais, sem tempos e com pressas, esquecemo-nos do valor de estarmos vivos e desperdiçamos a maior parte do tempo com lamentações e injustiças. Injustiças com os outros, connosco, com a nossa vida.
Amanhã vamo-nos olhar ao espelho e não temos sequer força para pentear os cabelos brancos, nem para acariciar as rugas que nos penetram a pele... e aí percebemos o quanto erramos e o tempo que desperdiçamos!
Por vezes obrigamo-nos e obrigamos fazer escolhas desnecessárias. Os nossos corações são suficientemente grandes para caber algo mais, para caber alguém mais... para caber um pouco mais de sentimento e compaixão.

Temos de nos aperceber a cada dia que estamos vivos.
Temos de tocar na nossa própria pele e perceber que esta envelhece! Que as nossas atitudes se modificam consoante a nossa maturidade, mas que não podemos deixar morrer a criança que sempre houve em nós.
Moldar o jeito de viver é perceber que estamos vivos, é pintar cada amanhecer com uma nova cor, fazer de cada dia uma tela diferente, e da vida uma arte.
Não podemos querer algo perfeito. A arte não é bela para todos. Daí cada qual ter a sua filosofia de vida, a sua religião, os seus valores...
Mas se eu adoro vestir-me de preto e se ultimamente me sinto triste, porque não pensar na hipótese de amanhã vestir algo branco?
Modificar pequenas coisas no dia-a-dia.
Moldar um quadrado. Nunca passar de um quadrado a um círculo, mas ir limando arestas, para que quando me olhe ao espelho e toque na minha pele, a sensação do meu tacto seja como a de tocar em seda.

Um dia senti-me um cacto... Hoje luto por ser uma verdadeira bola de algodão!

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