sábado, 17 de dezembro de 2011

Avião de Papel


Construi em mim um avião de papel, numa sala de aula em que aprendi a lição da solidão. As noites foram provocadas pela saudade e memórias, desperdiçadas pelo pensamento e perdidas no tempo. Quantas vezes não olhei pela janela desejando um amor, em segredo? Quem nunca o fez? Quem nunca perdeu tempo a fazê-lo, caindo na ilusão de que isso um dia iria mesmo acontecer?!
Quem nunca se perdeu, como eu me perdi em caminhos errados e com pessoas erradas?!
Toda a gente desconfia das minhas angústias, apenas porque os meus olhos demonstram como se fossem uma montra de transparência de sentimentalismo.
Mas não é como meia dúzia de palavras bonitas que curo!
Serei sempre um avião de papel a voar pelos ventos sem rumo.
Talvez me engane com tanta confusão sentimental, mas não quero enganar ninguém, nunca o quis...
É possível que seja terrivelmente injusta comigo mesma e seja infeliz nos meus próprios esconderijos. Mas talvez isso só aconteça porque ainda não encontrei a pessoa certa para me encontrar nos meus esconderijos e abrir-me para os encantos da vida!
É lá que espero encontrar a moradia dos olhares perdidos, a pele arrepiada, e a sombra de alguém verdadeiro com uma aura diferente de todas as outras, onde se encosta a mim sem aviso, de mãos dadas para enfrentar o mundo e o futuro.
Tudo isto me encanta: a fantasia, o sentimento, mas sobretudo a estabilidade!
Longe, perto, sem saber porquê... "tu" encantas-me... desde "um dia"... "até hoje!"

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