quarta-feira, 9 de maio de 2012

Nosso Fim


Não, não consigo olhar para ti!
Recordarei sempre a calçada do castelo, lembrarei todos os momentos de princesa que passei contigo e todas as pedras que atiramos um ao outro...
Quantas histórias não reinventámos? Quantas histórias não acabá
mos?!
E agora que é o fim, tu não sais de mim...
Vi-te passar e quase que quebrei a janela para te agarrar. Agarrar na tua mão e dizer-te o quanto tu mudaste o meu Mundo e o quanto tu fazes ainda parte dele. Mas não adianta querer, quando eu sou um entrave para os teus sonhos.
Correr em busca do amor e encontrar apenas a dor é como arranjar um dos tecidos do coração. É clampar uma artéria e queimar todas as veias que impulsionavam todo aquele amor que corria em mim e me fazia sorrir, chorar, sonhar, acreditar, viver...
E apesar de todas as nossas diferenças, até hoje só com amor vivi em plenitude, e se amor só existe uma vez na vida, foi contigo que eu o vivi...
Porque foi a ti que perdoei, foi por ti por quem subi a montanha e lutei, mesmo que às vezes tivesse medo e olhasse para trás, quando encontrei as verdadeiras escadas com passadeira vermelha não quis sequer saber do corrimão e agarrei-me à tua mão, fazendo dos teus sonhos os meus. Do teu olhar o meu espelho, do teu sorriso toda a recompensa...
Dói... mas o que não nos mata, fortalece-nos!
Basta-me ficar na esperança de  que ficarei mais forte, e que se não ficámos um com o outro é porque não nos pertencíamos.
Resta-me esperar que a ferida sare, e que o coração seja aberto novamente para que o sangue me impulsione um novo sorriso...

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