Espírito de guerreiro antigo?
Não quero acordar,
pois sentir o aconchego desta nuvem de algodão é melhor do que qualquer
capricho da Lua.
Faz-me bem passear por estes céus proibidos, é neles que o
Sol me acalenta e a chuva me refresca. É nele que as estrelas me guiam e os
gestos que não se traduzem em palavras fazem de mim dama de coração com sete
vidas.
Desço à Terra, mas continuo sonhar sem parar. Até onde? Até
quando? Porquê agora?!
Passeio assim pelas pedras da calçada e sinto que meus
braços são asas e as minhas pernas são tão leves que nem as sinto.
Pedes-me a mão, dás-me abraços e eu não nego que o que mais
quero é implorar-te: “Aperta um pouco mais” e “Não fujas de mim!”
Desta margem: da Terra ao céu existe sim um espaço. O espaço
da saudade.
…Da saudade de alguém e algo que na verdade nunca cheguei
ter, nem sequer ter tocado algum dia!
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