Quando se está junto e se ama pensa-se que: "Se um dia nos separarmos iremos ter saudade, mas o amor é suficientemente forte para ultrapassar a distância..."
Não acredito! Não suporto ausências e distâncias! Posso ser fraca, posso um dia ter-me tornado forte por estar longe dos que mais amava, mas não suporto... muito menos num momento da vida em que se tem tanto para dar e receber!
As pessoas quando se se separam, sentindo amor, amizade ou simples afinidade parecem sentir todas as forças e defesas para ultrapassar todas as barreiras físicas. É quando se tem a sensação de algo semelhante a perda, valorizando todos os momentos e sentimentos com essa pessoa...
Há uma explosão de emoção e contacto, onde se abraça com emotividade e conforto. As lágrimas caem pelo rosto e até se sente aquele arrepio de "Vais embora, e percebo agora que és mesmo muito importante para mim! Nós vamos ultrapassar isto!"
Sem despedidas mantém-se o contacto que vai diminuindo com o tempo. Aos poucos e poucos a emoção vai-se evaporando e o contacto com a outra pessoa vai-se tornando cada vez mais racional, cada vez menos emocional... cria-se apenas um hábito sem espontaneidade de sentir e tudo se transforma em emoção!
Um sinal, um contacto, uma carta, uma memória...
E aqueles que temos diante dos olhos são os que lá estão e pronto!!
Não é ser injusto, não é esquecer, não é substituir, não é deixar de gostar... é desgastar aquilo que os olhos não vêm!
É tudo transformado em passado, imagens e recordações...
Saudade...
Distância!
Algo que acaba sem adeus directo...
Pode ser apenas por uns tempos, e haver "um dia"... um reencontro...
Será que o abraço vai ser tão reconfortante como o de despedida? Mais? Menos?
Depende da distância que a partir desse momento criamos também entre nós mesmos!
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