Chora sozinha no canto do seu quarto.
Quarto com sombras e teias.
Quarto com pó e vozes de memórias!
Insiste em prender-se nelas,
Como uma presa do passado!!
Perde agora a vida
Quando podia ter um amável presente...
Costumava sentir, sorrir e tudo amar...
Agora?
Agora o rumo é para lado nenhum!
Sente-se atacada
Não se consegue desprender
Dessas cordas que ela própria criou
Dessas amarras que a impedem de avançar!
Implora e suplica
Pede libertação
Mas não se consegue libertar
Nada faz por se libertar...
Cai de joelhos
E lágrimas transforma-se em sangue
Sangue nas secas veias
E ninguém sabe a cor da sua sombra...
Sombra do seu destino
Que ela própria ditou
Cada vez mais miserável
A cada dia, a cada ano que passa...
Mais um dia que não começou
Mais uma oportunidade que acabou!
Lá no fundo o que há para esconder?
Lá no alto, o que há´para descobrir?
Nervosa, amedontrada, assustada e fraca!!
Ou se auto observa atentamente, ou morre aos poucos...
Aquele canto do quarto
Cada vez mais escuro
Onde não consegue abrir os olhos
Nem encarar um novo destino!
Talvez ela tenha razão para ficar assim...
...Porque um dia acordou e viu luz
Mas alguém lhe apagou a luz!
Todos desapareceram
E ela correu apenas com a sua sombra!
Caiu no chão...
E finalmente
Um dia...
Se libertou!!
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