Ainda se sentia o frio de Janeiro e estava eu a centímetros de ti!
O coração palpitava e o som das veias era induzido na minha mente, como se todo o cérebro fosse explodir com a ideia de que te poderia amar de verdade.
Afinal era mais que paixão! Seria obsessão por ter ouvido pela primeira vez a palavra não?
Rejeitaste inúmeras vezes a ideia de seres feliz ao lado de alguém que modificaria a própria humanidade se lhe fosse permitido.
Coragem, força e instinto de te aceitar não lhe faltava.
Já quantos adeus sem despedida houve antes desse dia?
E agora que sentia que finalmente tu lá estavas, fiquei com medos de amores adormecidos e dores não vencidas...
Apareces tu, sem saber porquê nem de onde, mas mais uma vez o destino me comprova que és tu...
Tenho sido ingrata por me condenar às correntes do passado, mas é apenas uma canção imortal e desesperado do meu presente castigo...
Quantas histórias felizes eu escrevo? Quantos finais eu proponho?
Sinto o meu coração abandonado de magia e utopia e assim desperdiço o amor... agora que já sei que é mesmo amor!
Conto o ódio de algo imperdoável e peço para me cuidares, quando nem sequer pondero cuidar de mim...
Desde o primeiro ponto da nossa história que considero não só o primeiro encontro, mas todos inumeráveis reencontros, que eu desejo coisas impossíveis! Será por isso que estou ser condenada?!
Transformo dos cristais frágeis da personalidade de cada um, a doce loucura de nos amarmos, e mesmo que ao longo do tempo insistamos em dizer adeus é um forte abraço que une as nossas lágrimas, e os extremos de cada um de nós nos revertemos num só sofredor.
É dor, é perdão, é amor...
Podes estar apenas a meu lado no sofá, mas isso equivale escalar a Lua!
Posso fugir como um flash da realidade, mas a geografia do teu corpo e alma pertencerão irreversivelmente à história do meu sonho imortal!
O nosso hino de vida poderá ser diferente e até mesmo oposto, mas é certo que a Estrela e a Lua, podem nunca se encontrar, mas pertencerão ambas ao mesmo céu, quer elas queiram ou não... foi assim que a Natureza quis!
Escrevo-te cartas que tu nunca lerás, e com isso sinto-me uma verdadeira boneca de trapos!
Sou eu, no meu mundo perdido, tentar encontrar uma explicação para te dar...
Penso em ti, e sei que tens o direito e motivos para partir... Pode ser até uma forma de eu começar a não ter medo de mais nada, principalmente da perda daqueles que amo!
Será o meu Mundo louco sem medos, sem ti, sem a Lua, sem o teu Sol e sem a nossa Doce Loucura...
Loucura de nos amar-mos, mas de não nos compreendermos.
O sal das minhas lágrimas não foi em vão... veio da maré da revolta e dor que te quis fazer entender.
Mas nunca é tarde...
Mesmo quando se está prestes a dizer adeus!
Com saudade e com muitas coisas que te queria conseguir dizer, a única certeza que tenho é que quero um Mundo melhor... para mim e para ti, mesmo que não seja um mundo nosso!
Agora visto um vestido azul, solto asas e voo, e aqui fico à espera: de tudo ou nada! De ti ou de boas recordações...
Só porque te amo e sonho que um dia possas ouvir todas as coisas que tenho para te contar!