Cheguei um dia a este mundo estranho, acreditando na sorte do vento.
Pedi aos céus para me fazerem a carta do meu signo.
O destino me levou: fui até ao céu, roubei estrelas e fui á lua dançar.
Cacei sonhos, embalei-me nas ondas e ouvi uma voz gritar: “A lua está longe, não te debruces tanto que ainda cais!” Preferi que a sorte tocasse noutro tom e pintasse outra cor.
Apenas abri os ouvidos á melodia da esperança e da fantasia e disse sussurrando “ Ninguém há-de saber que eu quero ser Feliz!”.
Cantava a inocente canção de criança.Cantei momentos, vivi canções.
Tudo o que o mundo tem para me dar é de mais, ou tudo o que eu quero dele são expectativas desleais?
Há um desencontro e para tirar a teima surge o amor.
Perdidos e sós, tinha medo. Pedi que nunca caíssem as pontes entre nós.
A noite trouxe-me a loucura, a manhã o desejo de sermos amantes… distantes no tempo! Não vivas apenas o refrão da canção de amor…Bebi a vida em goles pequenos!Arrisquei e perdi. Esperei e tive sorte. Mas acabo por nunca arranjar coragem necessária, pensando que não sou digna, decente de ser feliz!
Esqueço o quente do clima dos perigos terrenos.
Desloco cometas e estrelas para garantir o amor. Diz a verdade… A obrigação adoeceu?!
E os planetas favoreceram a separação dos homens…Porque pior que não nos vermos é não nos conhecermos. “Paciência… a Vida é Rara!” Muda o mundo… qualquer coisa de leve surge! Tudo o que pediste para levar ficou. Espaço, onde estás? Tempo, onde paraste?! Faz respirar as flores, faz muito mais que um sol, mas não venhas quebrar as noites que brilhavam! O céu nasce do nada. Os sonhos gigantes surgem das ruas vazias, corro intensivamente e grito alto: “Salva-me desta espada” Diz-me qual é o caminho! A falha da bala mirou. “Entre o alvo e a seta” o coração acertou… Levaram-nos para o céu ás cavalitas e os que cá ficamos apenas vimos “As estrelas bonitas”.E logo eu… que cresci no encanto de caçadora de sonhos, a pequena princesa encantada com a vida caiu na falésia de saber o que era a morte! Ser o que quisesse ser…
Os vossos olhos foram esperança.
Mas quando vos levaram para onde a vista não alcança, estes cerraram-se deixando a pele pálida e fria!
Abri a janela da cruel realidade! Deixei de ser criança… e tu, que dormias á lareira ainda sinto a tua presença quando o teu cheiro alcanço.É tão difícil deixar-vos.
Mas apenas me resta gostar de vos ver voar em direcção á lua. Diz-me se conheces o verbo conhecer ou apenas ver?! Sabes quem sou e do que sou capaz? Senta-te à minha frente e lê o que vês em mim. Não… não respondas já a quente! Pondera, rasga, fere e queima a alma para veres o profundo que há em mim! E agora, diz-me o que vês… verbo conhecer? Ou ver?! Exita ser imprudente… Pior que não nos vermos é não nos conhecer-mos . Não são só palavras. Porque o que eu sinto é real… o que sonho, expectativas irreais.Espanto? Não julgues que foi um filme que viste em qualquer lado. Pretérito mais que perfeito?! Que se soltem amarras… Recuso as horas…Enquanto o mundo vive a loucura, eu finjo não estar cá… Porque apenas sou um ser minúsculo nesta tamanha esfera… mas com coração! Fantasmas do passado? Não quero ter tempo para os recordar!Por caminhos proibidos, peso de quem perde alguém....... Quis apenas falar do desenho que ainda não acabei de pintar…Se queres ver o amanha, não penses no hoje! Olha apenas para a luz… “Nada mais forte bate em mim que a fantasia de ser feliz”
Chega!
Vou fugir…
...BOA SORTE
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