segunda-feira, 5 de março de 2012

Numa História


Numa história que me contaram criei a minha própria fantasia.

Abri asas e voei, sonhei alto e caí... Mas quando tudo recomecei, os mesmos erros cometi.
Cometi o erro de lutar pela minha racionalidade. Um Ser emocional que se queria transformar em emocional... E quanto mais lutava, mais emocional se transfomava.

Era como um feitiço que se virava contra a feiticeira.
Achava que a dor me fortalecia, e tornava-me numa romântica nata que nada mais para além do amor via!
E assim achava que amar alguém seria sinónimo de viver para essa pessoa, para essa história contada... Porque só assim seria verdadeiramente amada!

A partir de então nada mais importava a não ser amar para ser um dia amada.
Fui prestadora de cuidados desse amor.
Curava feridas no outro, e abria dores em mim que nunca mais iriam ser curadas!

Aprender com os erros mas não quis dizer: "nunca mais voltar errar"...
Olhei para o livro aberto, sempre cheio de ilusão e magia... com a minha própria dor ria, abraçava-me e sofria...
Sofrer tornava-me poetisa com emoção! Nada mais importava ao meu cérebro senão querer comandar o músculo parvo do meu coração!

E depois?
Depois de ler a história recontava e reiinventava tudo de novo... Chorar aliviava, e achava que implorar me trazia alguém de novo!
Mas não... toda a emoção me fazia perder este jogo.

Porque aprendi que não sabia ser. Não sabia amar...
Olhei-me ao espelho e fechei finalmente o livro.
Agora aprendi uma nova lição: "Ninguém vale tanto a pena a ponto de eu deixar de me querer..."
De deixar de me amar... e deixar-me para amar mais alguém...

Mas o que fazer, quando a minha maior recaída desta doença crónica é cair na tentação?!
...Tentação de reabrir o livro...
De entrar de novo neste minha lenda e escrever uma nova história sobe as mesmas linhas, com a mesma caligrafia?!
Será sempre o mesmo final?!

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