domingo, 16 de outubro de 2011

Isolo-me!


Vejo-me por dentro neste preciso momento, e sinto que sou inocente em toda esta história!
Não me posso julgar pelos erros do passado, nem pela falta de expectativa ou medos do futuro, porque escolhi isolar-me. Isolar-me de quem me ama e do mundo que me acolheu, isolar-me de todas as acções e sentimentos activos...
Hoje sou eu mesma para mim mesma, neste momento.
Sinto-me viva e solta, neste instante presente. É como se tivesse oferecido um presente a mim mesma: estar comigo, isolada de qualquer estímulo que não seja o meu próprio pensamento em sintonia com as palpitações cardíacas.
Estou em transe, estou em meditação. Estou eu comigo, na minha solidão, na companhia do oco vazio que me acalma e me faz estar adormecida para o mundo externo.
Inspiro fundo e não sinto dor.
Expiro este ar desprovido de veneno...
Isolar-me assim, sem razão aparente exige coragem e sobretudo perdão... perdoo o mundo que me condena por me perdoar a mim mesma!
Isolamento não é indiferença... Isolar-me assim, faz toda a diferença!

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