quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sol e Fogo


Podia adivinhar o quanto gosto de ti, comparando a nossa história à da formiga e da cigarra!

Mas a alma não é devolvida pela quantidade de sentimentos. Sentimento não se quantifica, e apesar de eu ter noção de que o teu não é sequer equivalente ao meu em tempos que já lá vão, não o desvalorizo apenas porque o qualifico!

Sei o quão difícil é para alguns Seres Humanos amar, sei o quão difícil é para alguns sofredores minimizar o medo que têm de amar... ou simplesmente de voltar cair na cobardia de sofrer novamente por amor...

É inevitável! Estamos diariamente expostos aos raios da paixão e por muito que nos queiramos proteger, quando menos se espera há um escaldão que penetra a nossa pele, que atinge o coração queimando-o em chama ardente!

Os anjinhos da guarda que deveriam ser os protectores da nossa dor por amor entraram há muito em acordo e sociedade com o cupido... e nos seus papeis distintos conjugam tudo em algo que nada seria um sem o outro: amor e dor.

É na estrada do Sol e Fogo que caminhamos quando nos apaixonamos. É nela que nos transformamos em bonecas, em borboletas, em sonhos, em lágrimas, em desilusões. É nela que nos queimamos, nos escaldamos... e depois? Depois virá o balde de água fria! Mas não custa nada. Muito pelo contrário: torna-nos mais fortes e resistentes. É como entrar numa piscina de água gelada: só custa o primeiro mergulho!

Parece feitiço ao qual não conseguimos fugir, e depois quando entramos em exaustão de rotina é como ir á praia todos os dias o dia inteiro: sabe bem, é bom, gostamos, mas satura e cada dia que passa sentimos menos adrenalina ao saber que vamos para a praia. Mas o que acontece quando deixamos de ir? Já não sabemos viver sem ela, e sentimos saudade.

É a paixão que se transforma em amor, é a prancha de surf que se transforma em barbatana de tubarão...

Neste Império de Sol e Fogo não se deve mexer no Tempo, porque tudo nasceu sem se ver, e o azul do céu só muda de tonalidade quando ele quer, e não quando nós queremos!

O colo do amor é como as ondas... e o pássaro azul quanto mais perto está, mais perfeito parece... até o termos na mão! Onde tudo se transforma num amontoado de imperfeições.

Quando me falaram em amor? Desde que me contam histórias... Não desde que sei falar, mas desde de aprendi a ouvir... E a palavra ouvir é crucial no amor!

O que ilude não é o amor verdadeiro, é a paixão que permite voar e roubar beijos! Mas se ainda quiseres beijar quem amas serás um herói se conseguires manter em segredo que te apaixonas todos os dias pela pessoa que amas! É lindo de sentir...

Amar não é só rir e passear de mão dada! Amar é reconhecer o amor como melhor amigo, é conseguir identificar um suspiro e saber desdobrar um lamento num sorriso! Não é um minuto de prazer, é um mundo de cartão que pelos dois é transformado em ferro!

Uma nova casa, uma nova transformação, uma ideia brutal?!

Um ideia brutal é ter a ideia de que se ama... e se é amada!

E o Sol e Fogo difundem-se num céu azul dos dois, onde as imperfeições do pássaro azul não se notam e são aceites pelas estrelas!

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