segunda-feira, 27 de junho de 2011

Miranda Do Douro

SenSação de distância sempre por perto...


No eco do vazio e do nada, avistei o teu profundo olhar que me rogava que imergisse nas profundezas da tua alma. A tua energia fazia com que tudo à tua volta tivesse força e grandeza… mas os meus próprios espíritos não só me afastou de ti, como de mim mesma, do meu mundo e no nosso mundo cruzado de cores e sensações…

Era tudo isso, uma sensação de que sim, de que realmente tinhas mesmo de te cruzar na minha vida, “numa tarde” assim.

Sem saber bem porque, e ate hoje não encontrar o laboratório indicado para efectuar a própria expêriencia ou descoberta de todo este conexo de emoções que se transformou numa amizade.

Uma amizade estranha que nunca entranhei, não por estranhar, mas por tudo ter estrago por ter medo de estragar!

Queria ver-te mais vezes, queria sentir a tua chama que me acalenta… mas há algo que me impede… há algo que nos impede de neste momento nos olharmos…

Aqui fico eu, não só com a sensação de que me lembro de ti todos os dias, mas também que farás sempre parte de mim e das minhas sensações.

Na expectativa e desejo que a lagarta da nossa relação se transforme em borboleta, mas também que este preto no branco se pinte em tons de arco-íris!

Porque simplesmente me apetece avistar a íris dos teus olhos e sentir a cor da tua áurea por perto… de todas estas SenSações!

terça-feira, 21 de junho de 2011

VERÃO

Sonhos de Verão

"Sonhos de amor e de paixão.
Sem culpa, sem perdão, além do sim e do não.
Sonhos de esperança.
Sonhos de criança.
Mundo colorido, carrossel.
Sonhos dos sonhos.
Vidas que se cruzam.
Amizade, carinho e satisfação.
Sonhos de verão."

Gleidson Melo

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Entre Nós


Dois corações sozinhos.

Duas almas orgulhosas.

Dona de mim.

Dono de ti…

Duas lágrimas.

E agora?

Agora eu estou sem ti…

… E tu sem mim!

Deixa-me cantar!


Gostava de saber cantar. Apenas a estrada e eu… a Sonhar contigo!

Hoje posso dizer que esta foi a vida que eu escolhi, ou apenas porque a Vida assim o quis…

Já disse a muitas pessoas “Adeus até um dia…”, mas ai destino destino, se tu existes mesmo, porque me pregas tantas partidas? Azar ou castigo? Castigo de quê. Se eu não sei porquê?!

Ainda penso nele, ainda pertence à minha vida, mas não com ele que estou. Eu sei que um amor a três é um amor impossível, mas amanhã há ainda outro caminho e nem eu nem ninguém vai saber o certo, muito menos prever o futuro errado, sem passar pelo incerto do presente!

Até ao fim dos meus sonhos, eu vou ver este amor como um beijinho emprestado de quem me roubou o coração.

Cada história tem dois lados, e nem todas as histórias têm um princípio e fim. O para sempre pode não existir, mas é nesta paragem do tempo entre nós que eu revejo o nosso reflexo no auge das ondas do mar que nada levou… porque não tinha de levar!

Cai muitas vezes nos braços do abismo, abri muitas vezes os braços em forma de asas e voei voei… por caminhos incertos fiz uma carinha laroca, mas chorei baixinho, muito baixinho de forma a que fossem apenas os anjos ouvirem!

Com a escola da vida não foi com a verdade que me enganou… comboios de amores e desamores… não estaria no momento da resignação e acabar com toda esta minha ilusão?!

Como o antes de todos os adeus, como é que tu vais? Como é que eu parto?! Com a saudade eu aprendi… ir aprendendo suportar a partida, a ida sem volta e a volta de costas entre duas pessoas.


Coração perdido, podia pedir para me deixarem em paz, mas quero apenas que me deixem cantar…


Depois da Primavera, depois de ti, depois do fim, diz mal de mim… mas deixa-me cantar….


Ensina-me a cantar!

Apetece-me!


Apetece-me viajar sozinha num barco e pintar a tela de um pôr-do-Sol!

Apetece-me ficar na minha casa e pintar as paredes com poesia!

Apetece-me abraçar o Mundo e pedir perdão!

Apetece-me fugir com os que amo e dizer-lhes mesmo isso: Amo-vos aqui e em qualquer lugar.

Apetece-me ter coragem.

Apetece-me sorrir de corpo e alma.

Apetece-me engolir adrenalina!

Apetece-me beber goles de amor!

Apetece-me, em toda esta loucura de loucos apeteceres, ser  e fazer Feliz… e pronto!

Saída!


Um beco sem saída é apenas um bom local para poder dar a volta!

Adeus Puppy!

Cresceu comigo e ajudou-me a crescer. Fomos os dois pequenos e tornamo-nos grandes com os nossos momentos.


Podias não falar, mas havia momentos que só contigo conseguia conversar, e só tu me entendias. Mimavas-me quando estava triste; ficavas eufórico quando sentias o meu carro chegar. Fazia semanas que não via a família, e as boas vindas eram feitas sempre por ti.

Era o teu olhar doce e a sintonia entre um companheiro e alguém que ama “apenas um cão” como elemento da família…

A nossa missão era sempre cumprida, mesmo quando me fugias para eu te dar banho!

Fizeste com que os meus refúgios fossem só nossos, ajudando-me caminhar nas ocorrências onde estavas sempre à minha frente, deixando seguro o caminho onde devíamos ou não passar, livrando-me dos “homens maus”.

Eras pequenino… mas eras um grande cão. Eras o meu cão. Eras o meu Puppy… E eu choro, com saudades dos teus mimos… com saudades tuas! Para sempre no meu coração!

Tu olhavas-me, sem me observar e parecias sorrir quando eu tinha vontade de chorar!


Foi a nossa última missão… Como gostava de ti amigo cão!

Obrigada…

Para semprre o meu Puppy!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

The Verve

Presente...


"O passado terminou.
 Aprendamos com ele e deixemo-lo ir.
O futuro ainda não está aqui.
Planeemos, sim, mas não gastemos o tempo a preocuparmo-nos com ele.
A preocupação é uma perda de tempo.
Quando pararmos de remoer sobre o que já aconteceu, quando pararmos de nos preocupar com o que poderá nunca vir a acontecer, então estaremos no momento presente.
Só então começaremos a experimentar a alegria de viver."

AUTOR DESCONHECIDO

Dare you to move

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Perfeito Imperfeito



"Adoramos a Perfeição,
porque não a podemos ter.

Repugná-la-iamos,
se a tivessemos!

O Perfeito é desumano.
Porque o Homem é Imperfeito"

Miminhos...


Nas esquinas da cidade não se pode ter medo…

No inicio de um sonho não nos devemos resguardar numa esquina.

Sou assim, vadia dos meus sonhos, condenada aos meus medos!

Tenho de sair por breves momentos deste meu mundo de fantasia, mas deixei um mimo…

Deixei um brilho no meu olhar, deixei esperança no meu coração.

Se for mesmo ele, fica.

Se não for a hora certa não vou chorar…

Apenas perdurar memórias nas mãos!

Dados Lançados!


Por onde começo?

Pela parte boa, ou pela parte má?!

Hum… vou ter coragem de provar primeiro o amargo!

… Para que no fim, o doce saiba ainda melhor…

Escolhas difíceis!

Caminhos paralelos.

Os quais posso escolher apenas um!!

Aceitam-se Sugestões...


... de um bom livro para ler!

Abdicação


"Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços
E chama-me teu filho.
Eu sou um rei
que voluntariamente abandonei
O meu trono de sonhos e cansaços.

Minha espada, pesada a braços lassos,
Em mão viris e calmas entreguei;
E meu cetro e coroa - eu os deixei
Na antecâmara, feitos em pedaços

Minha cota de malha, tão inútil,
Minhas esporas de um tinir tão fútil,
Deixei-as pela fria escadaria.

Despi a realeza, corpo e alma,
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia. "

Fernando Pessoa
Cancioneiro
Abdicação

Pura Maldade!


Pode existir maldade humana…

Eu prefiro acreditar que existe justiça divina.

Sorte ou azar?

Coisas más, ou retirar partido das coisas boas?


O Bem só prevalecerá quando o Mal para além de aplicado, deixar de ser pensado!

Lendo linha por linha a história deste Homem
Sentindo-me a cada segundo mais embasbacada, nauseada e entristecida com a capacidade que um ser humano tem de ser maldoso.

É nestas horas é que perco a fé no ser humano.

Em que ao receber um sorriso, duvido se estarei receber um presente envenenado!

Como há gente ruim neste mundo…

… não vou deixar de lutar por ser um Ser melhor!

Distante... a centímetros de ti!


A dez centímetros de ti e não estou a teu lado! Adiante… sei que foste a estrela das minhas noites, mas não é de amores adormecidos que acende a chama de uma vida!

Apareces tu, naquela noite ingrata, acalmando a canção ingrata castigando-me por ter o coração abandonado. Nele plantaste um jardim, e desenhaste no negro céu a Lua e Estrelas…

Deixei-me levar ao ponto de crer em desejos impossíveis. E dissesse o que dissessem as linhas da minha sina, dizia todos os dias ao Sol que era a ti que queria.

Da doce loucura, cortei-me quando percebi que os cristais que pisava eram de amor… desse meu amor não correspondido… desse amor impossível. Um amor por ti, meu amor… só amor meu!

O livro do tempo nunca mais tinha um fim de cura, e nem todo o tempo que passei sem ti me fizeram esquecer a tua ausência…

Será este o último adeus? Ate hoje não foi… mas dói saber que acordava e olhava para o lado e via a imagem de outra sombra feminina nas paredes do meu quarto.

Eram os meus sonhos que não eram compatíveis com os teus, e por muito que quisesse escapar da cilada do meu coração surgia o flash dos nossos olhares, e a geografia das flores mudavam, o jardim floria… mas logo de seguida tudo secava!

Graças à vida, o hino da lua tocou mais alto e a história de um sonho transforma-se na história de rosas e amor…

Pode até não ser imortal, mas os momentos serão irreversíveis.

A praia é a paz que os teus olhos me dão. Na primeira versão os olhos choram nas pedras salgadas, e nem as ondas transpõem a força da alma…

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Meu coração tardou


Meu coração tardou. Meu coração
Talvez se houvesse amor nunca tardasse;
Mas, visto que, se o houve, houve em vão,
Tanto faz que o amor houvesse ou não.
Tardou. Antes, de inútil, acabasse.

Meu coração postiço e contrafeito
Finge-se meu. Se o amor o houvesse tido,
Talvez, num rasgo natural de eleito,
Seu próprio ser do nada houvesse feito,
E a sua própria essência conseguido.

Mas não. Nunca nem eu nem coração
Fomos mais que um vestígio de passagem
Entre um anseio vão e um sonho vão.
Parceiros em prestidigitação,
Caímos ambos pelo alçapão.
Foi esta a nossa vida e a nossa viagem.

Fernando Pessoa

quarta-feira, 8 de junho de 2011

De Férias...


Respirar um novo ar;

Reaprender sorrir e amar;

Abrir asas e voar…

Começar o dia, sem pensar como vai acabar!

Brisa a mar?

É no sal das lágrimas que aprendi mergulhar...

Hoje descanso no regaço da minha ilha!

Quem sabe amanhã mude de vida...



“Onde a terra se acaba e o mar começa”

(in Os Lusíadas, Canto III).

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dia Mundial da Criança


"De todos os presentes da natureza para a raça humana, o que é mais doce para o homem do que as crianças?"

(Ernest Hemingway)

Feliz dia da Criança,
não só para as verdadeiras crianças,
mas para a criança que existe em cada um de nós
 (provavelmente o pouco que nos torna verdadeiramente Humanos)

Velho Homem!

O Homem não lê a vida.

O Homem nasce perdido num Mundo estranho sem mapas…

O Homem caminha em digressão!

E pensa que tem a sina na mão.

Há quem seja a menina da Ilha, há quem se identifique como a “rapariguinha do shoping”!

Tudo depende da veia poética que cada um desfruta, da forma como se vêm os outros e as pequenas coisas que nos rodeiam.

Há quem cumpra as regras de sensatez. Há quem quebre as normas de loucura!

Dançam-se bailes nas avenidas, desfilam corpos em passerelles…

Há quem nem sequer tenha um intervalo para introspecção.

Há quem nunca se tente conhecer…

Louco deste Mundo é o bicho selvagem que há no Homem…

Há uma luz falsa que se confunde com fé.

E há máquinas que tentam substituir o malmequer….

Homem fora de si… até onde se vai perder?

Não percas o teu mistério;

Não queiras saber dos outros, sem antes te conheceres a ti!

Não invoques o amor em vão…

Não confundas sonhos com ganância!

O prometido é devido…

E o Natural vai revoltar-se contra o Homem…

Tal como sempre aconteceu o contrário.

O que eu quero ser quando for grande?

Quero ter os velhos valores, do velho Homem!