De asas leves não se consegue voar.
É o chão! Estou presa a ele…
Porque as asas estão fartas de voar.
Caem sobre os ombros, como se nem de boas memórias me apetecesse lembrar.
Não há Tempo.
E o espaço ruiu…
Tudo em vão, nada surgiu.
Apenas dá vontade de fechar os olhos desafortunados que se afundam agora em sal.
Há fumo negro neste Mundo.
Preciso de renovar.
Em paços largos, abro as pálpebras roxas entre uma rocha negra.
Semi-serro com medo do que possa ver.
É este Mundo.
Sou eu…
São os dias sem calor.
São os beirais sem ninho.
Nesta casa desabitada…
Quem me deu asas para andar de rastos?
Quem me deu olhos para avistar sonhos?
Dói o que ferve na pele.
Gélido sangue feroz…
Aqui congelo e ardo!
Nesta noite deslumbrada.
Sendo um ser nostálgico.
Com medo do entardecer…
Segredos de consciência,
Quando me deito
Sob as asas que foram destruídas.
Nas penas de pequena esperança…
De um dia conseguir de novo
Arrancar corações lacerados
Nesta mágica tarefa
De sobreviver!
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