Na liberdade de um dia acordar e ter coragem de enfrentar o céu, quando havia há muito tempo que negava ver o brilho das estrelas…
Escondia-se por detrás da noite escura e fria, quando apenas faltava motivação, e segurança!
Essa tinha de vir de dentro para fora, lá bem no fundo da alma, mas estava tudo fora de sítio.
Até o olhar mudou.
O sorriso, esse já nem existia…
Precisava de ser salva, essa alma! Precisava que lhe devolvessem os sonhos, e sobretudo a Vida!
Escolheu a solidão como refúgio, e o cansaço pela vida foi-se apoderando pouco a pouco.
Os olhos são mesmo a janela da alma, e farta do delírio do desespero, libertou a sua alma de pássaro, voou e encontrou-se com um ser vestido de branco, onde sem lhe falar lhe disse:
“Tira as mãos dos olhos e não penses mais nisso!”
O seu coração foi sacudido por uma corrente eléctrica, naquele momento.
Porque afinal os anjos existem!
E enquanto houver um horizonte para avistar, enquanto houver ventos e marés, essa alma viverá… E não vai parar na escravidão daquilo por que precisa: não é só vida, não é só felicidade. São sonhos, e esses são tão fúteis, ou tão irreais!
Abriu os braços, sentindo o vento da liberdade, e disse para o anjo: “Enquanto houver estrada para andar, não pararei de caminhar… e isso não será possível se eu parar de sonhar!”
Naquele minuto um olhar resumiu uma vida, da vida dele, da vida de qualquer pessoa que espera, sonha e busca o seu caminho debaixo do sol.
Naquele minuto de troca e partilha estavam todos os momentos de alegria que vivi presentes… num simples olhar!
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