sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Rosas Minhas



Mergulhei numa banheira coberta de espuma, contive a respiração e circundei todas as rosas que fizeram a essência deste odor...

Foi aí que parei no tempo e fui bem ao fundo do meu inconsciente... parei de pensar (achava eu) e percebi quantas rosas eu estraguei no meu jardim por pensar de mais.
Enquanto pensava no passado o presente deixava de existir e o futuro não passava apenas de rascunhos de uma vida nunca vivida.
Todos os projectos que ficaram secos num canteiro de jardim
Todas as plantas que ficaram por regar.
Toda a erva daninha que nasceu entre as pedras da calçada e explodiu contra uma força que pensava ser imbatível!

Começo sentir um desacordável e irresponsável batimento cardíaco

E, quando não conseguia mais suster a respiração saí subitamente da espuma que me transformava a pele em rugas húmidas e percebi que afinal não há rosas sem espinhos, e aquelas que parecem não os ter foram feitos apenas de mentira ou fantasia...

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