A mil Anos Luz fica ali, fica inconsciente dos seus actos e cai no abismo de se perder. De se perder na própria vida, na própria personalidade e nos próprios limites! Entra noutra dimensão e condena os pulsos forçados a fazer um jogo de ferro com a mente que a obriga e arrastar-se num tempo e num espaço que não é daquela sombra, daquela miragem, transformando-se numa criatura irreversível e irreconhecível!
A acção deixa de ser dominada pela reacção! É tudo mais forte que a sombra. Não há coração, não há cérebro... não há pensamento, não há controlo...
Está perdida toda esta miragem! É falta dela mesma, é falta de amor, é falta de coragem..
Fala dos outros, mas ela apenas quer voar, quer sentir uma dor maior, para aquela conseguir atenuar.
Não é um aperto no peito, não é uma angústia maior! É tudo perdido, é cada vez pior...
Pensa que um grande amor é de repente transformado em horas de prazer e na maior mentira, e a vida é salva pelo negro da morte!
Não pensa em ningúem, no que a pode valer, nem nela mesma, no que a pode salvar...
Simplesmente não pensa... tudo bloqueia o que é racional!
Prestes a ler a sentença do momento final, fica gélida a pele, e morre por um abraço... está prestes a que tudo termine de vez. Já não há nada a fazer por ela...
Não digas nada, não digas que esta alma é solta e fraca! Nunca a coragem lhe será fiel, nunca conseguirá ela estar só, e o dia de amanhã será o último zero do cem...
Tudo é fim!
Olhar para trás não vale a pena, só magoa ainda mais, olhar para a frente é olhar para além do céu, e aí, aí é onde está a nova deimensão...
As perdas por alguém não se saber amar. Procurando o destino de forma errada, e pisando o chão de forma errada...
A resposta vai ser sempre "Sei lá porque isto me acontecu um dia!"...
E no silêncio da noite, o medo instala-se na pele, onde o frio faz tremer todo o corpo, e nada, só alguém consegue ser a cura desta alma perdida...
Todos temos uma tela negra no nosso eu, todos nós passamos por esta mágoa um dia. Todos nós dizemos "quero morrer" por não suportar mais as dores da vida...
Ela é assim...
Porque no escuro até a nossa própria sombra nos abandona.
Isto é dor!
Isto é solidão...
Isto não é querer morrer...
É deixar morrer a alma aos poucos...
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