Aquela manhã que acordo, agarrando-me à almofada com
carência de um abraço e percebo que não está ali ninguém! Apenas eu e quatro
paredes: o meu quarto, e os meus pensamentos!
Os meu braços movem-se lentamente para o lado direito,
para o lado esquerdo, acariciando os lençóis e continuo não encontrar nada para
além do cheiro do meu sono, do calor dos meus sonhos e da corrente de ar de um
novo amanhecer solitário.
E lembro… lembro cinco minutos em que as rotações da
Terra param. O tempo pára e o espaço é apenas nosso. Cinco minutos de tudo,
para te beijar ou apenas para ouvir os batimentos do teu coração, ou o som da
tua respiração no silêncio da noite. Onde o que destingue o negro da escuridão
é somente o brilho do nosso olhar.
Saio da cama e penso nos dias que preciso para me
recompor deste sonho. Nada parece real!
Costumo falar de tudo isto em história de princípes e
princesas, mas nunca pensei vir senti-lo na realidade.
Onde o “nada” se transforma em “tudo”.
Onde estou num bar, entre uma miltidão e tentam manter
conversa comigo e eu simplesmente não me consigo concentrar no mundo real! Não
há ali ninguém!! Posso sentar-me ou andar, que é como se a lei da gravidade se
alterasse por completo.
Tudo flutua ao tom de uma melodia ao som da viola.
Cinco minutos de amor;
Cinco minutos de paixão;
Cinco minutos tentar ser eu mesma
Cico minutos, e eu vou tentar chamar o teu nome…
E não sei o sítio certo para ir…Nenhum significado ou
só em legitima-defesa, talvez! E tu sais daqui porque somos obrigados…
Preciso de falar com alguém, talvez com os céus e
questionar: “O que se está passar?!
Eu sei que há problemas e encruzinlhadas que estão à
espera, mas bloqueada não consigo pensar, apenas sentir!
Para lá da porta um outro futuro está à minha espera e
o relógio não vai parar! Mesmo que pare… que sejam cinco minutos!
Cinco minutos deste sonho!
De um sonho onde sinto que não preciso de me preocupar
nem falar de questões antigas e que coisas tontas nem importam!
Cinco minutos onde nada mais importa: para além de mim
e ti. Onde o “nós” tem todo sentido, como nunca teve em toda a minha vida...
...Porque tudo o que eu preciso agora, são cinco minutos
de tudo.
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