Cheira-me a
Sol escondido, a estrelas queimadas, a chuva envergonhada.
Cheira-me a
pessoas desesperadas, a almas perdidas… cheira-me a corpos escondidos, e a
cérebros baralhados.
Cheira-me a
amores proibidos, a sabores negados e a aromas abafados.
As pessoas
andam de mãos dadas com os medos, e tropeçam nos sonhos negados por seres
demasiado ambiciados!
Os olhos
abdicam-se de sensibilidade, e os lábios esquecem-se de beijos apaixonados.
As pernas
andam pela obrigação da rotina, e os cabelos, esses andam da beleza
envergonhados!
O coração
bate fraco, e as veias débeis não sentem a corrente da energia da felicidade.
Não existe
adrenalina de viver, não existem meios de sentir.
Seres andantes,
máquinas funcionantes!
Para que
querem vocês serem chamados de seres humanos?
A boca serve
para comer, já nem considera saborear.
O coração
serve para exercer, o medo para expectar…
… E o sonho? … Esse, já só serve para dormir.
Dormir da rotina cansada em que o único abrigo do pesadelo é pensar que os
olhos vão-se agora deste dia fechar.
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