segunda-feira, 24 de setembro de 2012

sábado, 22 de setembro de 2012

Le sens de la vie

Entender-me

 
 
"Quanto mais tento entender de mim
menos me encontro
mais me surpreendo,"
 
-Renata Fagundes-

Quero Sol!

 
 
Sim eu digo com verdade
Que ainda desejo teu beijo
Só porque não sinto com falsidade...
 
Quero Sol
Claras manhãs para iluminar os meus dias
Sei que sou como uma criança
Que sinto na pele todas as alegrias.
 
Quero irradiar paz
Por todo este meio belo.
Não sei onde estás
Mas tenho saudades de teu sorriso singelo!

Vagabunda

Queria conseguir compor uma canção. Uma canção que faz uma incisão cirúrgica ao meu coração e  uma lavagem ao meu cérebro.
Hoje questiono-me: Porque sinto assim? Porque me vejo assim quando olho ao espelho? Porque questiono tais coisas quando me deparo com o olhar de pessoas que simplesmente passam pela rua, orientando a sua rotina?!
Ás vezes preferia não ser assim.
Assim como? Nem eu sei…
Queria que a incoerência humana não me atingisse desta forma. Queria ser um ser humano mais natural, mais consciente e menos emocional. Menos sensitivo e sobretudo menos sensível a determinados sentimentos.
Estou farta de me cruzar com as pessoas e tentar-lhes absorver toda a alma.
Se eu não me compreendo, porque insisto em compreender as atitudes dos desconhecidos, quando fui em toda a minha existência uma desconhecida entre todas as minhas paredes?!
Já não é uma simples lágrima que me purifica. Já não é um simples sorriso que me conquista.
Ele diz que eu sou uma princesa imperfeita, mas eu só queria acreditar que ainda sou eu que estou viva em todo o meu corpo e que ainda são os meus valores que me acordam todas as manhãs.
Sim, já muito tempo que não fazia uma viagem em redor de mim, pois ultimamente tenho-me esquecido de todas as atitudes que me conseguem transformar numa borboleta, conseguindo a tal força de viver… a tal que neste momento está em saldo negativo dentro de mim.
Minhas palavras, meus pesares, minha insatisfação natural, meu grito no silêncio são o tecido que completam o meu miocárdio.
Não adianta uma cirurgia programada, muito menos de urgência. A minha doença não tem cura, e este sentimento crónico de obsessão por este desequilíbrio vai fazer com que me refugie cada vez mais, a cada dia que passa da realidade que me rodeia. Do mundo verídico.
Não posso dizer que já durmo como uma vagabunda, no caos das minhas ruas sentimentais, mas, se assim continuo a minha solidão vai ser a minha própria companhia.
Não me adiantará ter brilho nos olhos ou  uma pele macia. Tudo acabará… Eu acaberei com tudo o que ainda me pertence.
Na essência da vida, um dia encontro o fim deste sabor sentimental anormal, seguindo o escoar do tempo, continuando apenas assim: sem título para a minha própria viagem.
Chegarei ao ponto de me olhar para o espelho e não saber distinguir meus traços.
Um artista não começa nem termina a arte… arte é imortal e inexplicável.
O que cada um de nós é, é arte, e a minha anormalidade já muito que caiu em desuso. Mesmo assim não ganho coragem de terminar esta tela, e faço rabiscos por cima de formas definidas deixando tudo por explicar, tudo por decifrar, tudo por interpretar.

Meu momento parado

 
 
De que matéria sou feita afinal?
Chego a este ponto da minha vida e perco-me.
Não quero encontrar-me.
Não quero estar com as pessoas de quem gosto.
Não tenho vontade de passear pelos sítios que me fazem respirar.
Não sou adepta da liberdade!
Fiquei aqui prisioneira deste momento parado.
Em que nem os ponteiros do relógio fazem sentido.
Ouço os batimentos do coração de forma fria.
Respiro por obrigatoriedade.
O que faço neste lugar?
Não sou eu, nem consigo identificar as peças do meu mundo.
Será que é apenas um susto, para de seguida regressar completa e com mais energia?!
Inacabada, nunca pensei descobrir este vazio em mim.
Vazio que não me faz sofrer.
É uma indiferença perante mim mesma.
Perante as pessoas.
Perante o mundo e toda a minha realidade!
 
Mas já sinto saudades daquela criatura feita de sonhos.
Que cheirava terra e vento.
Que abria as asas e lhe apetecia sorrir apenas por estar viva!
Aquele ser feito de palavras.
Das palavras que terminavam sempre com reticências e não com um ponto final.
Um ponto parado.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Minha matéria



Questiono-me o porquê de ser uma sonhadora.
Penso se não seria mais fácil para mim, viver se não o fosse. No entanto admiro pessoas sensíveis e com sentimento presente, pessoas sonhadoras e que lutam não só por serem felizes, mas também para tocar o coração dos outros.
Se Deus me ofereceu sonhos é porque tenho capacidade de os realizar, mesmo quando a vida se manifesta contra mim, é sinal de que está na hora certa de exercitar mais o meu cérebro para me tornar mais inteligente e mais o músculo do meu coração para controlar os meus sentimentos, encontrando assim o meu equilíbrio certo para a concretização da minha própria matéria: os sonhos.
Até lá, olho para o "nada" e pergunto "tudo" ao tempo.
Pergunto bem agarrada ao meu baú com cheiro a memórias: "Quanto tempo, oh tempo?".
Ele hoje respondeu-me: "Deixa-me passar..."
Fico parada?!
Não... continua a sonhar!

Minha Nostalgia

Pergunto-me a mim mesma
“O que é Nostalgia?”
Serão estrofes de alegria
Ou apenas minha imaginação
Não sei!
Sei apenas que é algo
Que invade hoje e quase sempre
Grande parte do meu coração!
Quando penso que esqueci
Vem de volta meu jardim de infância
Entre flores e gritos felizes
Penso em tudo o que vivi
Batendo saudade
Sentindo melancolia
Em plena mutação
Meu coração torturado
Bate de tal forma com emoção
Que não vive sem nostalgia!
E entre este grito da minha vida
Desenho um crepúsculo
Não é noite…
Não é dia!
É sonho, é coração
É amor sem dose
É toda minha metamorfose
É ser quente e ao mesmo tempo fria
É isto que há em mim
É isto a Nostalgia

domingo, 2 de setembro de 2012

Silenciando-me

 
 
"O silêncio pode calar a minha voz,
 
mas jamais silenciará as minhas palavras!"
 
-EMILIO MIRANDA-
 
 

Mais uma vez...

sábado, 1 de setembro de 2012

Escrever aos teus olhos?!


 
Não, não escrevo aos olhos de ninguém.
Há quem me julgue pelas muitas palavras e poucos atos. Mas é por este meio que vivo, que me protejo, que me condeno, que me expresso, que busco o mundo e me encontro a mim mesma.
Não iludo se não tenho intensão de sonhar, não escrevo se não for de coração.
Se não tiver alma não produzo palavras, como poderei reproduzir atos?
Não escrevo lindas palavras de amor ou duras palavras de dor só para legendar o meu filme de vítima ou vencedora.
Nunca gritei a ninguém: “Amo-te”,  numa única palavra de poema desfragmentado.
O meu silêncio entre palavras só demonstra o quanto eu me engano.
Não quero mil beijos. Quero apenas um pouco de paz neste meu mundo, ardendo de prazer pelas palavras, deslizando a sensação em todas as minhas  estreladas madrugadas!
Nunca consegui ver um luar sem recitar poema. Nunca consegui amar sem antes ler o olhar.
Não me condenem…
Porque não tenho medo!
Posso não ser inocente… mas digam-me: escrever para mim mesma é indecente?!
De corpo, de alma, de coração e com satisfação o faço e não, não o disfarço!
Mas agora basta... que a palavra seja a minha maior madrasta!